São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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Ato rompe trégua, diz sindicalista

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

Para ambulantes que participaram do protesto na 25 de Março, com a fiscalização de ontem, a prefeitura desrespeitou uma trégua existente há vários anos entre camelôs e poder público. Segundo Josefa Nogueira, 40, presidente do Sindicato dos Permissionários (camelôs regulares), essa foi a razão da revolta dos ilegais. "Sempre houve uma trégua antes do Natal. É a única época em que ganhamos dinheiro", disse.
Ontem, o prejuízo não foi só dos ambulantes. Com as portas fechadas, lojistas reclamavam do dia perdido. Somente no final da tarde, algumas lojas reabriram.
Quem chegou à rua após o tumulto teve dificuldade para fazer compras. A decoradora Cristiane Tagliaferro, 23, disse que não foi fácil fazer as compras que tinha planejado. "Demorei três horas. Os lojistas estavam com medo de deixar a gente entrar", contou.
Na loja Rei dos Enfeites, uma das mais conhecidas da região, no entanto, o tumulto não prejudicou as vendas. Com medo do confronto, vários consumidores entraram no estabelecimento, que fechou as portas. Lá dentro, aproveitaram para fazer compras.


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