São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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OUTRO LADO

"Empresas dão apenas apoio", afirma diretora

DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Maria Christina Martha Godoy, diretora de Assuntos Institucionais da Artesp, disse à Folha que a agência não terceirizou a atividade-fim -ou seja, continua responsável pela fiscalização. "A Artesp foi constituída como um órgão extremamente enxuto e contratou empresas que apóiam a fiscalização. A finalidade de fiscalizar não está sendo terceirizada; as [empresas] fiscalizadoras dão apenas apoio."
"As empresas dão subsídios para a fiscalização. Quem vai dizer se o nível do serviço está adequado ou não é a Artesp. As fiscalizadoras são só coletoras de informações", disse. Segundo ela, "a qualidade do serviço [das concessionárias] melhorou muitíssimo" com a contratação das fiscalizadoras.
O engenheiro Ulysses Carraro, diretor de Procedimentos e Logística da Artesp, afirmou que as empresas contratadas não fiscalizam perueiros e ônibus clandestinos.
Segundo ele, essas empresas ajudam apenas na fiscalização dos contratos de concessão das rodovias. "Estou preparando um edital para contratar empresas de apoio ao trabalho de fiscalização de veículos clandestinos", disse.

Ecovias
A assessoria de imprensa da Artesp informou que o sistema Anchieta-Imigrantes, administrado pela Ecovias e fiscalizado pelo consórcio liderado pela Ductor, é o trecho com operação mais complexa em todo o Estado. As rodovias recebem aproximadamente 100 mil veículos por dia e sofrem inversão de pistas em feriados.
A Ecovias está construindo a segunda pista da Imigrantes, obra avaliada em R$ 872 milhões, que foi fiscalizada pelo consórcio liderado pela Ductor. O trecho de 21 quilômetros tem oito quilômetros de túneis e quatro de viadutos.
Segundo a Artesp, o impacto ambiental da construção da segunda pista da Imigrantes foi 97,5% menor do que o da primeira. Em 1978, quando foi feita a primeira pista, foram desmatados 1.600 hectares; neste ano, somente 40 hectares.
A complexidade da operação das estradas e das obras realizadas neste ano justifica, segundo a Artesp, o valor pago para o consórcio liderado pela Ductor pela fiscalização do sistema Anchieta-Imigrantes. (RC)


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