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TRANSPORTE
Decreto, que a prefeita Marta Suplicy assinou ontem, divide a cidade em oito zonas para a concessão do serviço
Empresas de ônibus atuarão em até 3 áreas
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas de ônibus ou consórcios poderão atuar em até três
áreas no novo sistema de transporte público da cidade. Ontem, a
prefeita Marta Suplicy assinou
um decreto, que será publicado
hoje no "Diário Oficial" do município, regulamentando a nova organização do transporte coletivo
em São Paulo.
O decreto divide a cidade em oito áreas para a concessão do serviço, por um prazo de dez anos, podendo ser renovado por mais cinco, e em igual número para a permissão, que será dada por sete
anos, com renovação de no máximo mais três.
No primeiro caso, as empresas
vencedoras explorarão o transporte no que a prefeitura chama
de subsistema estrutural, um conjunto de linhas que atendem a demandas elevadas e integram diversas regiões da cidade.
Além das linhas, as vencedoras
também ficarão responsáveis pelos terminais. Atualmente, a cidade tem 16 terminais. A prefeitura
planeja construir mais 26, além de
seis que estão em obras. As empresas que ganharem a concessão
não precisarão investir nessas
obras. Farão apenas a manutenção desses locais.
De acordo com Carlos Alberto
Carmona, coordenador do grupo
de implantação do novo sistema
de transporte, a prefeitura entende que se obrigasse as vencedoras
a construir os terminais, a tarifa
poderia ter de ser mais cara.
A permissão dedica-se, principalmente, aos perueiros. Poderão
concorrer individualmente ou em
cooperativas, mas somente atuarão no subsistema local, que atende a demandas internas de uma
mesma região e alimenta o subsistema estrutural.
Carmona afirmou que a remuneração será feita com base no
número de passageiros transportados. Nesse sentido, a isenção do
idoso e a redução a qual os estudantes têm direito serão pagas integralmente às operadoras.
O edital de licitação, que será
lançado até o final do mês, deverá
prever que a idade média da frota
não poderá ultrapassar cinco
anos. Atualmente, é de sete. As
empresas terão até 2008 para fazerem essa mudança.
Os permissionários terão dois
anos para trocar as peruas por mini ou microônibus.
A tarifa também será diferenciada. Se fosse hoje, para os ônibus que atuam no subsistema estrutural, seria de R$ 1,40 (valor
atual). Já para os permissionários,
que trabalharão em percursos
menores, a tarifa seria de R$ 1,10.
O usuário terá direito a fazer
duas integrações sem pagar a
mais por isso. Para os passageiros
que necessitam de mais integração, haverá uma tarifa intermediária entre R$ 1,40 e R$ 2,80 (valores de hoje).
Para regular toda a operação do
novo sistema, a prefeitura irá criar
uma autarquia. Uma empresa financeira, da qual participarão representantes da prefeitura, das
concessionárias e dos permissionários, cuidará do pagamento do
sistema.
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