São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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RIO

Suspeitos acusam líder comunitário

Oficiais da PM negam extorsão de traficantes

DA SUCURSAL DO RIO

Os três oficiais do Getam (Grupamento Especial Tático-Móvel) da PM (Polícia Militar) presos sob acusação de exigir R$ 120 mil mensais de traficantes da Cidade de Deus (zona oeste do Rio) negaram ontem as denúncias em depoimento ao juiz da Auditoria Militar, Alcides da Fonseca Neto.
Entre os acusados está o comandante do Getam, José Carlos Dias de Azevedo. O capitão Wellington Medeiros e o major Fábio Guttman disseram que foi o presidente da Associação de Moradores da Cidade de Deus, Alexandre Rego de Lima, quem ofereceu dinheiro a mando dos traficantes.
Segundo o Ministério Público Estadual, Lima denunciou a suposta extorsão ao corregedor da PM, coronel Jorge Horsae.
O capitão Medeiros disse que foi, acompanhado do major Guttman, a um encontro com Lima, no dia 29 de novembro, para que ele relatasse um suposto esquema de pagamento de propinas a policiais. Na reunião, o líder comunitário teria oferecido R$ 120 mil mensais para que eles suspendessem operações policiais na favela.
As conversas, gravadas por Lima, apresentam os PMs pedindo o dinheiro. Segundo as investigações, o comandante do Getam participou da conversa por meio de um aparelho Nextel.


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