free-lance para a Folha

A Secretaria Municipal da Saúde de Volta Redonda (129 km do Rio) confirmou ontem mais três casos de leptospirose na cidade, contabilizando um total de nove pessoas contaminadas e um óbito em consequência da doença.
Segundo a secretária da Saúde, Analice Silva Martins, ontem pela manhã foram notificadas outras quatro suspeitas de infecção por leptospirose-transmitida pela urina do rato.
Apenas um paciente encontra-se em estado grave. Conforme informou Martins, ele está no Centro de Terapia Intensiva, mas apresenta sinais de recuperação.
As amostras de sangue dos quatro casos suspeitos seriam analisadas pelo hospital da região e depois enviadas ao Instituto Noel Nutels, no Rio, para que o resultado seja confirmado.
No ano passado, foram registrados 19 casos suspeitos de leptospirose, cujos sintomas são: febre alta, urina avermelhada, dores musculares, calafrios, cansaço e fortes dores de cabeça. Apenas seis foram confirmados. Não houve mortos.
A secretária explicou que a doença é resultado das chuvas que castigaram o Estado nos cinco primeiros dias de janeiro, deixando mortos e desabrigados. Só em Volta Redonda, 1.500 pessoas ficaram desalojadas. O rio Paraíba do Sul, que corta a cidade, chegou a subir quatro metros acima do seu nível normal, provocando alagamentos em toda a cidade.
Na tentativa de evitar um surto de leptospirose no município, agentes sanitários fizeram uma desratização nas áreas mais baixas e foram de casa em casa informar sobre o risco de se contrair a doença. A prefeitura também promoveu uma campanha de informação à população.

SP
No Estado de São Paulo, foram notificados este ano 42 casos suspeitos de leptospirose. Uma pessoa morreu apresentando os sintomas da doença, mas a causa da morte ainda não foi confirmada.


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