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REMÉDIOS
Medicamentos produzidos em chácara de MG eram vendidos para vários Estados
Polícia fecha laboratório clandestino
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH
A Polícia Civil descobriu anteontem um laboratório clandestino de fabricação de medicamentos que operava em Uberlândia,
região do Triângulo Mineiro.
O laboratório, que funcionava
em uma chácara a cerca de 10 km
do centro da cidade, vendia remédios para vários Estados, segundo
documentos que a polícia apreendeu no local. Eram produzidos
analgésicos, antitérmicos, antibióticos, suplementos alimentares, remédios para emagrecimento, entre outros, sem que houvesse alvará de funcionamento ou
farmacêutico responsável.
"Além disso, o local não apresentava nenhuma condição sanitária para fabricar medicamentos", disse a coordenadora de Medicamentos da Vigilância Sanitária de Uberlândia, Tomaídes Rosa, que acompanhou a operação.
A polícia fechou também uma
casa onde era feita a rotulação dos
medicamentos ilegais produzidos
nesse laboratório. Nove pessoas,
todas funcionárias, foram presas.
Elas prestaram depoimento e foram liberadas em seguida.
A polícia afirmou que já sabe o
nome do proprietário do laboratório -que ainda não foi localizado- e que há a suspeita de que
outro laboratório, legalmente instalado na cidade, dava cobertura
ao clandestino.
Ainda não há definição da
quantidade exata do que foi
apreendido. A polícia informa
apenas que foram encontrados
mais de 20 tipos de medicamentos e que o volume deu para encher dois caminhões-baú.
A Vigilância Sanitária Estadual
coletou ontem amostras dos medicamentos para determinar, por
meio de análise, se eles são, além
de ilegais, inócuos.
A Vigilância Sanitária de Uberlândia começou a analisar os rótulos de alguns medicamentos
apreendidos e já constatou que
eles não têm registro no Ministério da Saúde.
Membros da CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) do
Congresso que investiga reajuste
e falsificação de medicamentos
estiveram ontem em Uberlândia
visitando o local onde os medicamentos eram fabricados.
O deputado federal Luiz Bittencourt (PMDB-GO), vice-presidente da CPI, e os deputados Carlos Mosconi (PSDB-NG) e Róbson Tuma (PFL-SP) recolheram
amostras dos medicamentos e cópias dos documentos apreendidos na chácara.
De acordo com Tuma, o laboratório vendia para Estados de todo
o país. Ele afirmou que tem vários
nomes de farmácias que teriam
adquirido medicamentos do laboratório clandestino.
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