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SAÚDE
Estado registra cinco casos este ano
3 pessoas contraem malária em São Paulo
da Reportagem Local
Três pessoas contraíram malária
no Estado de São Paulo neste mês.
O total de casos chega a cinco desde o início do ano.
Segundo Carmen Moreno Glasser, diretora do Departamento de
Controles de Vetores da Sucen
(Superintendência de Controle de
Endemias) de São Paulo, o quadro
não é alarmante e está dentro da
média verificada anualmente.
Em janeiro, houve duas ocorrências, uma em Pariquera Sul, no
vale do Ribeira (litoral sul), e outra
em São Sebastião (litoral norte).
Os casos diagnosticados em fevereiro são de Peruíbe (litoral sul),
Ilhabela (litoral norte) e Cunha
(Vale do Paraíba).
"Nesses locais, predomina a mata fechada, habitat natural do
mosquito anofelino, transmissor
da doença. É comum a ocorrência
de alguns casos de malária na região", afirma Carmen.
Segundo ela, os doentes contraíram a doença enquanto percorriam trilhas na mata ou trabalhavam em locais próximos a ela.
Nos dois primeiros meses de 97,
no Estado, quatro pessoas adquiriram malária -também no litoral e no Vale do Paraíba.
De acordo com a secretaria da
Saúde de Ilhabela, se confirmado,
esse é o primeiro caso de contaminação na cidade.
A Susen de Taubaté está orientando quem estiver no litoral a não
entrar em matas para evitar o contato com o mosquito.
Desde ontem, técnicos da Sucen
estão em Ilhabela para procurar
pessoas que possam ter a doença.
O grupo está visitando moradores
de casas próximas à mata atlântica. Se houver suspeitos, eles serão
encaminhados para exame de sangue.
Os cinco doentes deste ano contraíram a malária benigna, causada pelo plasmódio (protozoário)
vivax que, normalmente, não leva
à morte. O plasmódio falciparum,
que determina casos mais graves,
é raro nessa região. Sua maior incidência no país ocorre na região
amazônica.
Além dos cinco casos autóctones
(quando a contaminação ocorre no próprio Estado), mais de 50 casos de
malária foram diagnosticados
neste ano no Estado. Os doentes
foram picados pelo mosquito nas
regiões Norte e Centro-Oeste ou
em países da África.
No ano passado, dos 323 casos
diagnosticados pela Sucen de São
Paulo, 16 eram autóctones .
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