São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 1998

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SAÚDE
Estado registra cinco casos este ano
3 pessoas contraem malária em São Paulo

da Reportagem Local

Três pessoas contraíram malária no Estado de São Paulo neste mês. O total de casos chega a cinco desde o início do ano.
Segundo Carmen Moreno Glasser, diretora do Departamento de Controles de Vetores da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de São Paulo, o quadro não é alarmante e está dentro da média verificada anualmente.
Em janeiro, houve duas ocorrências, uma em Pariquera Sul, no vale do Ribeira (litoral sul), e outra em São Sebastião (litoral norte).
Os casos diagnosticados em fevereiro são de Peruíbe (litoral sul), Ilhabela (litoral norte) e Cunha (Vale do Paraíba).
"Nesses locais, predomina a mata fechada, habitat natural do mosquito anofelino, transmissor da doença. É comum a ocorrência de alguns casos de malária na região", afirma Carmen.
Segundo ela, os doentes contraíram a doença enquanto percorriam trilhas na mata ou trabalhavam em locais próximos a ela.
Nos dois primeiros meses de 97, no Estado, quatro pessoas adquiriram malária -também no litoral e no Vale do Paraíba.
De acordo com a secretaria da Saúde de Ilhabela, se confirmado, esse é o primeiro caso de contaminação na cidade.
A Susen de Taubaté está orientando quem estiver no litoral a não entrar em matas para evitar o contato com o mosquito.
Desde ontem, técnicos da Sucen estão em Ilhabela para procurar pessoas que possam ter a doença. O grupo está visitando moradores de casas próximas à mata atlântica. Se houver suspeitos, eles serão encaminhados para exame de sangue.
Os cinco doentes deste ano contraíram a malária benigna, causada pelo plasmódio (protozoário) vivax que, normalmente, não leva à morte. O plasmódio falciparum, que determina casos mais graves, é raro nessa região. Sua maior incidência no país ocorre na região amazônica.
Além dos cinco casos autóctones (quando a contaminação ocorre no próprio Estado), mais de 50 casos de malária foram diagnosticados neste ano no Estado. Os doentes foram picados pelo mosquito nas regiões Norte e Centro-Oeste ou em países da África.
No ano passado, dos 323 casos diagnosticados pela Sucen de São Paulo, 16 eram autóctones .



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