São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 1998

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"Foi uma espécie de parto"

da Reportagem Local

Roberto Lopes afirma que doar uma parte de seu fígado para a mulher foi, para ele, uma espécie, de "parto". "Todo o homem devia fazer isso. Você se sente muito bem."
Roberto, que trabalha como diretor comercial de uma empresa de correspondência, e a enfermeira Fátima se conheceram na escola, quando ainda cursavam o 1º grau. "Ela tinha 10 anos e eu, 15. Mas naquela época éramos apenas amigos."
No 2º grau, se separaram porque foram para escolas diferentes. Foi só aos 21 anos que Roberto reencontrou Fátima. "Estávamos em uma festa na casa de uma amiga comum, e foi aí que começamos a conversar e a namorar. Não nos separamos mais."
Oito anos depois, os dois se casaram. Por causa da doença de Fátima, os dois sempre evitaram filhos. "Agora, pela primeira vez, vamos ter uma vida normal. E vamos até pensar em ter filhos."
Segundo Roberto, Fátima sempre "viveu com várias restrições durante toda sua vida". "Não podia beber nada e, às vezes, tinha crises."
Nos últimos seis meses, Fátima piorou. Foi internada no Hospital Oswaldo Cruz e acabou chegando ao Sírio Libanês.
Teve de ser internada várias vezes. "Ela tinha uma cirrose muito adiantada e começou a correr risco de vida", afirma o médico Eduardo Carone. "Foi por isso que decidimos fazer a cirurgia."
(LM)


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