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"Foi uma espécie de parto"
da Reportagem Local
Roberto Lopes afirma que doar
uma parte de seu fígado para a
mulher foi, para ele, uma espécie,
de "parto". "Todo o homem devia
fazer isso. Você se sente muito
bem."
Roberto, que trabalha como diretor comercial de uma empresa
de correspondência, e a enfermeira Fátima se conheceram na escola, quando ainda cursavam o 1º
grau. "Ela tinha 10 anos e eu, 15.
Mas naquela época éramos apenas
amigos."
No 2º grau, se separaram porque
foram para escolas diferentes. Foi
só aos 21 anos que Roberto reencontrou Fátima. "Estávamos em
uma festa na casa de uma amiga
comum, e foi aí que começamos a
conversar e a namorar. Não nos
separamos mais."
Oito anos depois, os dois se casaram. Por causa da doença de Fátima, os dois sempre evitaram filhos. "Agora, pela primeira vez,
vamos ter uma vida normal. E vamos até pensar em ter filhos."
Segundo Roberto, Fátima sempre "viveu com várias restrições
durante toda sua vida". "Não podia beber nada e, às vezes, tinha
crises."
Nos últimos seis meses, Fátima
piorou. Foi internada no Hospital
Oswaldo Cruz e acabou chegando
ao Sírio Libanês.
Teve de ser internada várias vezes. "Ela tinha uma cirrose muito
adiantada e começou a correr risco de vida", afirma o médico
Eduardo Carone. "Foi por isso que
decidimos fazer a cirurgia."
(LM)
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