São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2005

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VIOLÊNCIA

Orientado pelos seqüestradores, ele chegou a ir até a baixada santista buscar um celular de onde receberia as instruções

Resgate foi pago por um amigo da família

DO "AGORA"

O pagamento do resgate de R$ 30 a R$ 40 mil foi feito por um amigo da família na noite da última sexta-feira. A ação do amigo foi orientada passo a passo pelo negociador. Ele chegou a ir da capital até a Baixada Santista só para pegar um celular.
A pedido do criminosos, o dinheiro foi embrulhado em um saco de lixo e colocado em uma mala. "Acho que eles não queriam que o dinheiro molhasse. Estava chovendo naquele dia", disse o delegado João Barbosa Filho, responsável pelas investigações.
Os seqüestradores deram um celular ao amigo da família para que ele recebesse instruções. A primeira ordem foi para que ele fosse até o litoral sul.
Na cidade, ele trocou de celular e voltou a São Paulo, onde pegou um táxi em frente ao shopping Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros (zona oeste de SP). Ainda sob o comando do negociador, ele pediu ao taxista que o levasse até uma rua próxima à marginal Pinheiros, onde deixou a mala com o dinheiro. O taxista foi localizado ontem pelos policiais. Segundo o delegado, ele não pôde contribuir com o avanço nas investigações.
"A polícia não participou do pagamento do resgate, quem cuidou de tudo foi a família", disse.
A menina ficou 41 dias em poder dos seqüestradores e foi bem tratada no cativeiro, diz a polícia. Ela foi examinada pelo tio, que é médico, após ser encontrada em um carro na zona norte da cidade.
"É bem provável que haja uma mulher que cuidou da criança", disse o delegado. Segundo ele, a menina estava usando roupas novas e não apresentava sinais de desnutrição nem ferimentos no corpo. "Ela dormia normalmente no banco de trás do carro."

Norma
A Folha acompanhou desde o começo o desenrolar do seqüestro, mas nada publicou em respeito às normas de seu "Manual da Redação".
O jornal pode decidir omitir uma informação se ela colocar em risco a segurança pública, de uma pessoa ou de uma empresa.
A divulgação do caso é realizada somente com a autorização dos familiares das vítimas ou depois da conclusão do seqüestro.


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