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VIOLÊNCIA
Orientado pelos seqüestradores, ele chegou a ir até a baixada santista buscar um celular de onde receberia as instruções
Resgate foi pago por um amigo da família
DO "AGORA"
O pagamento do resgate de R$
30 a R$ 40 mil foi feito por um
amigo da família na noite da última sexta-feira. A ação do amigo
foi orientada passo a passo pelo
negociador. Ele chegou a ir da capital até a Baixada Santista só para
pegar um celular.
A pedido do criminosos, o dinheiro foi embrulhado em um saco de lixo e colocado em uma mala. "Acho que eles não queriam
que o dinheiro molhasse. Estava
chovendo naquele dia", disse o
delegado João Barbosa Filho, responsável pelas investigações.
Os seqüestradores deram um
celular ao amigo da família para
que ele recebesse instruções. A
primeira ordem foi para que ele
fosse até o litoral sul.
Na cidade, ele trocou de celular
e voltou a São Paulo, onde pegou
um táxi em frente ao shopping Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros
(zona oeste de SP). Ainda sob o
comando do negociador, ele pediu ao taxista que o levasse até
uma rua próxima à marginal Pinheiros, onde deixou a mala com
o dinheiro. O taxista foi localizado
ontem pelos policiais. Segundo o
delegado, ele não pôde contribuir
com o avanço nas investigações.
"A polícia não participou do pagamento do resgate, quem cuidou
de tudo foi a família", disse.
A menina ficou 41 dias em poder dos seqüestradores e foi bem
tratada no cativeiro, diz a polícia.
Ela foi examinada pelo tio, que é
médico, após ser encontrada em
um carro na zona norte da cidade.
"É bem provável que haja uma
mulher que cuidou da criança",
disse o delegado. Segundo ele, a
menina estava usando roupas novas e não apresentava sinais de
desnutrição nem ferimentos no
corpo. "Ela dormia normalmente
no banco de trás do carro."
Norma
A Folha acompanhou desde o
começo o desenrolar do seqüestro, mas nada publicou em respeito às normas de seu "Manual da
Redação".
O jornal pode decidir omitir
uma informação se ela colocar em
risco a segurança pública, de uma
pessoa ou de uma empresa.
A divulgação do caso é realizada
somente com a autorização dos
familiares das vítimas ou depois
da conclusão do seqüestro.
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