DA REPORTAGEM LOCAL
Universidades privadas, como Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e PUC-SP, pagam melhor que as públicas de São Paulo; no entanto, têm uma folha de pagamento muito menor.
Isso porque a média salarial é maior nas públicas, uma vez que 80% dos docentes têm pelo menos título de doutor. Já nas particulares, a concentração de doutores não ultrapassa os 30%.
"Além disso, na USP, classes com 130 alunos são aquelas que estão com problema de professor. Em algumas universidades particulares essa é a regra", disse o professor Gilberto Shinyashiki, diretor de recursos humanos da USP.
O salário-base de um professor doutor na USP, Unicamp ou Unesp (mesma carreira e salários iguais) é de R$ 2.930, menor que o de um mestre na PUC (R$ 3.591) ou de um professor sem pós-graduação na Unimep (R$ 3.436).
No topo da carreira, o salário das públicas se aproxima dos das particulares, devido às gratificações. Na PUC, um titular recebe R$ 6.850; na Unimep, R$ 7.700. Nas públicas, os salários chegam a R$ 6.000 ou R$ 7.000.
Segundo as agências de fomento à pesquisa, mais de 90% da pesquisa no Brasil é feita em instituições públicas. Metade na USP, Unesp e Unicamp. A USP oferece 130 cursos de graduação e 230 de doutorado. A Unicamp, 50 de graduação e 63 doutorados; e a Unesp, 82 graduações e cem doutorados; a PUC-SP, 33 de graduação e 12 doutorados; a Unimep, 39 e dois doutorados. A Unip, 37 graduações e nenhum doutorado.


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