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"Quero saber o que
ingeri", diz vítima
da Sucursal do Rio
A advogada Sílvia Beatriz Brandão Mena Barreto, 54, consumiu
durante quatro dias comprimidos
falsificados do Citoneurin 5000.
Ela deu queixa, ontem, na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública.
Vítima de neurite (inflamação
de um nervo) na coluna, a advogada teve o remédio receitado com o
objetivo de amenizar o problema e
as fortes dores que sentia.
Ela começou a tomar os comprimidos no dia 14 passado. Parou no
dia 17, quando notou que o lote
impresso na embalagem era o
mesmo que constava das reportagens sobre falsificação. "Usava o
remédio e não via melhoras."
Sílvia Barreto diz que, por enquanto, não pensa em pedir indenização ao laboratório Merck, fabricante do Citoneurin 5000.
Ela admitiu que poderá entrar
na Justiça. "Estou praticando um
exercício de cidadania. Não fiz isso pensando em indenização."
Sílvia entregou ao delegado Pedro Paulo Pinho, titular da delegacia, os comprimidos falsificados.
"Quero saber o que ingeri."
"A nota oficial que eles soltaram
é vergonhosa, propondo a quem
tenha comprado o remédio falso
que compareça à empresa para
trocar por remédios bons."
(ST)
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