São Paulo, terça, 21 de julho de 1998

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"Quero saber o que ingeri", diz vítima

da Sucursal do Rio

A advogada Sílvia Beatriz Brandão Mena Barreto, 54, consumiu durante quatro dias comprimidos falsificados do Citoneurin 5000. Ela deu queixa, ontem, na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública.
Vítima de neurite (inflamação de um nervo) na coluna, a advogada teve o remédio receitado com o objetivo de amenizar o problema e as fortes dores que sentia.
Ela começou a tomar os comprimidos no dia 14 passado. Parou no dia 17, quando notou que o lote impresso na embalagem era o mesmo que constava das reportagens sobre falsificação. "Usava o remédio e não via melhoras."
Sílvia Barreto diz que, por enquanto, não pensa em pedir indenização ao laboratório Merck, fabricante do Citoneurin 5000.
Ela admitiu que poderá entrar na Justiça. "Estou praticando um exercício de cidadania. Não fiz isso pensando em indenização."
Sílvia entregou ao delegado Pedro Paulo Pinho, titular da delegacia, os comprimidos falsificados. "Quero saber o que ingeri."
"A nota oficial que eles soltaram é vergonhosa, propondo a quem tenha comprado o remédio falso que compareça à empresa para trocar por remédios bons." (ST)



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