São Paulo, terça, 21 de julho de 1998

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Mais seis grávidas processam Schering

da Reportagem Local

Mais seis mulheres entraram ontem com ação na Justiça contra o laboratório Schering do Brasil, que fabrica o anticoncepcional Microvlar.
Elas alegam que ficaram grávidas enquanto tomavam a pílula. A Schering produziu duas toneladas de placebos para serem usados em teste de nova máquina de embalagem. As pílulas inócuas chegaram às farmácias após suposto roubo de mercadoria que seria destruída.
De acordo com Pedro Luiz Ortolani, advogado das seis grávidas, todas elas possuem cartelas do lote que foi usado durante o teste. Na ação, são solicitados atendimento médico imediato, incluindo exames e medicamentos, com médicos e laboratórios que as grávidas escolherem e concessão de plano de saúde que cubra integralmente as despesas de pré-natal, parto e pós-parto.
A ação também solicita depósito no valor de R$ 20 mil para cada uma das grávidas como medida cautelar até que a Schering providencie o aparato médico.
De acordo com Ortolani, as grávidas não entraram em contato com o laboratório para se cadastrar e pedir indenização. "A empresa também não as procurou." Com esses novos casos, sobe para sete o número de ações individuais na Justiça contra a Schering.
De acordo com Cid Scartezzini, um dos advogados da Schering, a empresa ainda não foi notificada da sobre a tutela antecipada -espécie de liminar- concedida em favor da ação da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e Procon, que solicita uma equipe médica à disposição de todas as grávidas vítimas do placebo. (CC)



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