São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2000 |
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Líderes são militantes políticos DA SUCURSAL DO RIO As duas lideranças do movimento das favelas têm perfis diferentes, mas saíram da atividade comunitária e da militância política de esquerda. Antônio Carlos Gabriel, o Rumba, 46, começou a militar em grupos católicos do Jacarezinho. Foi do PT e há quatro anos filiou-se ao PDT. É fotógrafo free-lancer e dono de um pequeno comércio. Casado, pai de duas filhas, ele afirma que não é candidato a nada e que suas atividades no partido não se misturam com a atuação comunitária. "Só quero conscientizar esse povo, cansei de ver gente morrendo", afirma. André Fernandes, 29, trabalhou com o pastor evangélico Caio Fábio d'Araújo -acusado de oferecer a políticos o dossiê Caribe, conjunto de papéis de autenticidade não reconhecida indicando a existência de empresas e contas no exterior de políticos do PSDB, incluindo o presidente FHC. Fernandes dirigiu a Casa da Paz de Vigário-Geral e, no PT, o núcleo Favelania, que defende a cidadania para a população das favelas. Continua filiado ao partido, mas deixou o núcleo. Afirma que atividade partidária e a do movimento popular não se misturam. Suas idéias foram pregadas pelo traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, ex-chefe do tráfico no morro Dona Marta. Quando Marcinho foi preso, Fernandes foi chamado a depor, mas nada ficou provado contra ele. Rumba e Fernandes foram alvo de críticas de Garotinho, que disse que muitas lideranças comunitárias são ligadas ao tráfico. Fernandes negou as acusações contra ele e Rumba e afirmou que o governador está tentando desqualificar o movimento de favelas. Texto Anterior: Rio: Favelas preparam protestos contra violência policial Próximo Texto: Moacyr Scliar: O mistério do cemitério virtual Índice |
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