ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Um molde projetado em resina é a principal inovação que os médicos do Hospital Materno-Infantil de Goiânia utilizarão na primeira etapa da cirurgia para separação óssea de gêmeos siameses, programada para hoje.
Para aumentar as chances de sucesso, a equipe médica realizará a operação em duas fases -a segunda será daqui a 45 dias.
Graças ao protótipo, desenvolvido no tamanho natural da estrutura óssea dos gêmeos, toda cirurgia de hoje foi planejada antecipadamente, dos cortes à colocação de um aparelho denominado distrator ósseo, que funciona como uma espécie de fixador.
Com isso, os médicos esperam conseguir esticar a pele das crianças. A falta de tecido é um dos agravantes nesse tipo de operação porque o risco de infecções aumenta a medida que as partes dividas não se fecham.
Os meninos (cujos nomes não foram divulgados a pedido da família) nasceram em Guaraí (TO), há 11 meses, ligados pelo tórax, abdome e bacia. O procedimento de separação de órgãos, que ocorrerá posteriormente, é considerado de risco porque os gêmeos compartilham pâncreas, intestino, bexiga, ânus, fígado e tórax.
Essa será a quinta cirurgia de separação de siameses realizada pelo Materno-Infantil, que está se tornando referência no atendimento de casos desse tipo na região. O hospital é estadual.


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