São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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PM preso ainda não constituiu advogado

DA REPORTAGEM LOCAL

O major Henrique Dias, comandante interino do 14º Batalhão da PM (que tem cerca de 650 policiais), informou ontem à Folha que o policial Natanael Viana de Freitas, acusado pela morte do motoboy Ricardo Pereira de Oliveira, 23, ainda não constituiu advogado de defesa. "Só fui procurado pela mulher dele, que estava atrás de um advogado."
Desde a manhã de ontem, Freitas está no Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé (zona norte). A imprensa não tem autorização para entrar e entrevistá-lo. Freitas está na PM há quase 20 anos e, ainda de acordo com Dias, nunca foi alvo de investigações.
O PM Freitas ainda não foi interrogado pela Polícia Civil, que acabou pedindo a prisão à Justiça por causa do reconhecimento por parte da testemunha do crime contra Oliveira e também porque o policial teria tentado localizar a testemunha.
Sobre os outros PMs do 14º Batalhão suspeitos de integrar o grupo de extermínio, Dias disse não ter detalhes sobre as investigações, mas assegurou que dará apoio total às apurações.
"Eu desconheço isso aí [a possível ação do grupo de extermínio com homens do 14º Batalhão da PM], mas vou apoiar a investigação no que for necessário, o mais transparente possível. A gente nunca vai concordar com coisa errada", disse Dias.
O coronel Paulo José Muniz de Oliveira, comandante do 42º Batalhão (com 500 homens), também disse, num primeiro momento, não saber sobre o caso em que seus subordinados são investigados por supostamente integrar o grupo de extermínio dos encapuzados em Osasco.
Depois de falar com a Corregedoria da PM, Oliveira obteve a confirmação das suspeitas contra os policiais.
De acordo com o oficial responsável pelo 42º Batalhão da PM, em casos como o do suposto grupo de extermínio de Osasco, a corregedoria trabalha em sigilo justamente para evitar que as informações sobre quem são os suspeitos vazem. (GP e AC)


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