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PM preso ainda não constituiu advogado
DA REPORTAGEM LOCAL
O major Henrique Dias,
comandante interino do 14º
Batalhão da PM (que tem
cerca de 650 policiais), informou ontem à Folha que o
policial Natanael Viana de
Freitas, acusado pela morte
do motoboy Ricardo Pereira
de Oliveira, 23, ainda não
constituiu advogado de defesa. "Só fui procurado pela
mulher dele, que estava atrás
de um advogado."
Desde a manhã de ontem,
Freitas está no Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé (zona norte). A imprensa não tem autorização para entrar e entrevistá-lo. Freitas está na
PM há quase 20 anos e, ainda de acordo com Dias, nunca foi alvo de investigações.
O PM Freitas ainda não foi
interrogado pela Polícia Civil, que acabou pedindo a
prisão à Justiça por causa do
reconhecimento por parte
da testemunha do crime
contra Oliveira e também
porque o policial teria tentado localizar a testemunha.
Sobre os outros PMs do
14º Batalhão suspeitos de integrar o grupo de extermínio, Dias disse não ter detalhes sobre as investigações,
mas assegurou que dará
apoio total às apurações.
"Eu desconheço isso aí [a
possível ação do grupo de extermínio com homens do 14º
Batalhão da PM], mas vou
apoiar a investigação no que
for necessário, o mais transparente possível. A gente
nunca vai concordar com
coisa errada", disse Dias.
O coronel Paulo José Muniz de Oliveira, comandante
do 42º Batalhão (com 500
homens), também disse,
num primeiro momento,
não saber sobre o caso em
que seus subordinados são
investigados por supostamente integrar o grupo de
extermínio dos encapuzados
em Osasco.
Depois de falar com a Corregedoria da PM, Oliveira
obteve a confirmação das
suspeitas contra os policiais.
De acordo com o oficial
responsável pelo 42º Batalhão da PM, em casos como o
do suposto grupo de extermínio de Osasco, a corregedoria trabalha em sigilo justamente para evitar que as informações sobre quem são
os suspeitos vazem.
(GP e AC)
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