São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2003 |
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RIO Traficantes teriam bloqueado avenida para roubar carros, afirma polícia Tiroteio deixa 1 morto e 12 feridos
TALITA FIGUEIREDO FREE-LANCE PARA A FOLHA Um suposto criminoso morreu e doze pessoas ficaram feridas, entre elas quatro policiais, num tiroteio entre traficantes e PMs na av. Pastor Martin Luther King, próximo ao morro da Pedreira (zona norte do Rio), no final da noite de anteontem. Na troca de tiros, 14 carros foram atingidos -13 deles da polícia. Policiais militares foram ao local depois de terem sido avisados que traficantes estavam bloqueando a avenida, a antiga Automóvel Clube. Quatro carros teriam sido roubados. Com a chegada da polícia, houve uma rápida troca de tiros. Os traficantes fugiram em direção ao morro. Quando os policiais se preparavam para ir embora, os criminosos voltaram com mais armas. O segundo tiroteio durou cerca de duas horas. Um suposto traficante morreu antes de chegar ao Hospital Carlos Chagas (zona oeste). Quatro feridos foram internados no Carlos Chagas. O caso mais grave é o de Alessandra Costa, 27, que estava com duas crianças e foi atingida por um tiro na cabeça e outro de raspão no peito. Na madrugada, dois suspeitos foram presos numa incursão. Um deles estava com documentos de vítima do bloqueio da avenida, segundo a polícia. À tarde, o secretário de Estado de Segurança do Rio, Anthony Garotinho, determinou que sejam feitas incursões até que sejam presos os responsáveis pela ação. Segundo a polícia, os carros roubados seriam usados num "bonde" (comboio armado) com o objetivo de invadir a favela de Acari, comandada por dissidentes do Terceiro Comando. Comerciante O comerciante José Carlos Pereira, 46, foi morto no final da semana passada por traficantes da Nova Holanda (zona norte) porque teria, segundo a polícia, instalado circuito interno de TV na sua lanchonete, no interior da favela. Ele foi retirado da loja no sábado. Horas depois, seu corpo foi achado dentro do seu carro, abandonado na av. Brasil, na altura da Penha, com cinco tiros na cabeça. Colaborou a Sucursal do Rio Texto Anterior: No Ceará: Autoridades são acusadas de mandar matar Próximo Texto: Cidadania: Idosos não têm a dignidade respeitada, diz pesquisa Índice |
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