São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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Conflito vem se arrastando desde abril

DA REPORTAGEM LOCAL

A retirada dos ambulantes clandestinos das ruas é um conflito que se arrasta desde que a prefeitura decidiu emitir novos Termos de Permissão de Uso (TPUs), em abril. A decisão se deu por pressão do Ministério Público, que ganhou uma ação na Justiça impondo à administração municipal a regularização dos ambulantes sob risco de pagar multa de R$ 10 mil por dia de irregularidade.
Condenada pela Justiça, a prefeitura negociou com a promotoria. Foi, então, estabelecido um cronograma e um plano de ação, que consistia em emitir todas as TPUs e fazer operações concentradas para retirar quem não fosse regular. O prazo limite para que todos saiam é julho de 2003.
Segundo o subprefeito da Sé, Sérgio Torrecillas, a prefeitura sabia que enfrentaria dificuldades ao entrar em espaços como as ruas 24 de Maio e 25 de Março.
"Na 25, é natural que haja resistência, é o ponto comercial mais rentável para os ambulantes", diz.
Segundo ele, durante a distribuição dos pontos dos camelôs regularizados houve "uma guerra de foice" pelos da 25 de Março. Em abril, a prefeitura abriu 2.000 vagas para ambulantes. Inscreveram-se cerca de 1.500, mas, desses, 1.244 foram retirar a TPU.
"Restam 700 vagas, mas em locais menos atraentes. Já as oferecemos aos clandestinos, mas essas nem todos querem", afirma.
Para o subprefeito, os ambulantes da 25 de Março estão pagando por segurança privada. "Há 48 boletins de ocorrência de agressão aos agentes vistores", afirma.


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