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Conflito vem se arrastando desde abril
DA REPORTAGEM LOCAL
A retirada dos ambulantes clandestinos das ruas é um conflito
que se arrasta desde que a prefeitura decidiu emitir novos Termos
de Permissão de Uso (TPUs), em
abril. A decisão se deu por pressão
do Ministério Público, que ganhou uma ação na Justiça impondo à administração municipal a
regularização dos ambulantes sob
risco de pagar multa de R$ 10 mil
por dia de irregularidade.
Condenada pela Justiça, a prefeitura negociou com a promotoria. Foi, então, estabelecido um
cronograma e um plano de ação,
que consistia em emitir todas as
TPUs e fazer operações concentradas para retirar quem não fosse
regular. O prazo limite para que
todos saiam é julho de 2003.
Segundo o subprefeito da Sé,
Sérgio Torrecillas, a prefeitura sabia que enfrentaria dificuldades
ao entrar em espaços como as
ruas 24 de Maio e 25 de Março.
"Na 25, é natural que haja resistência, é o ponto comercial mais
rentável para os ambulantes", diz.
Segundo ele, durante a distribuição dos pontos dos camelôs
regularizados houve "uma guerra
de foice" pelos da 25 de Março.
Em abril, a prefeitura abriu 2.000
vagas para ambulantes. Inscreveram-se cerca de 1.500, mas, desses, 1.244 foram retirar a TPU.
"Restam 700 vagas, mas em locais menos atraentes. Já as oferecemos aos clandestinos, mas essas
nem todos querem", afirma.
Para o subprefeito, os ambulantes da 25 de Março estão pagando
por segurança privada. "Há 48
boletins de ocorrência de agressão aos agentes vistores", afirma.
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