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ESTRADAS
Concessionária não se pronunciou sobre parecer
TCE afirma que AutoBan deixou de investir R$ 114 milhões em obras
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O TCE (Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo) apontou,
em parecer publicado anteontem
no Diário Oficial, que a concessionária AutoBAn deixou de investir
R$ 114 milhões em obras de melhoria no sistema rodoviário
Anhanguera-Bandeirantes no
primeiro semestre de 2000.
A obrigatoriedade do investimento, segundo o TCE, é prevista
no contrato de concessão, firmado com o governo do Estado há
quatro anos. No parecer, o tribunal considera que a AutoBAn deveria ter investido R$ 386,4 milhões no período, mas aplicou
apenas R$ 272 milhões. O tribunal também prevê prazo de 30
dias para a empresa e o governo
do explicarem a defasagem.
O diretor-geral da Artesp
(Agência Reguladora de Transportes do Estado), Silvio Minciotti, foi convocado ontem pela Comissão de Transportes Comunicações a prestar informações sobre o contrato.
Em 99, uma auditoria do TCE
apontou que a AutoBAn não investiu R$ 98,8 milhões em obras,
de maio de 98 a junho de 99.
O TCE, em seu relatório, afirma
ainda que o Estado divulga valores menores de débitos da AutoBAn, pois considera em seu balanço verbas comprometidas para pagar fornecedores, mas ainda
não liberadas. "Não se comprovou nos autos se esses valores refletem efetivamente o dispêndio e
se as obras foram realmente executadas", diz o parecer.
Outro lado
A Artesp diz que o contrato é lucrativo e, no balanço oficial, não
conclui defasagem de investimentos em 2000. Pelos dados da
agência, no ano todo foram investidos R$ 356,2 milhões. A previsão era de R$ 331,4 milhões. Para
o governo, a diferença de valores
deve-se ao fato de os órgãos terem
critérios diferentes de avaliação.
A Artesp apresenta em seu balanço, porém, um gasto aquém do
previsto pela AutoBAn em 99. A
concessionária não se manifestou
até o final da tarde de ontem.
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