|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Trafegar na
via "dá medo", diz segurança
DO "AGORA"
Embora muitos admitam que o
trânsito passou a fluir melhor, nos
trechos alterados do corredor da
avenida 23 de Maio, a maioria dos
motoristas consultados pela reportagem reprova a mudança.
"Dá medo trafegar por aqui. As
faixas ficaram muito estreitas e as
motos ficam tirando "finas" dos
carros o tempo todo", afirmou o
segurança José Silveira de Lima,
de 30 anos.
"O trânsito realmente melhorou, mas é preciso tomar mais
cuidado com as motos, porque,
para elas, ficou mais complicado", afirmou Paulo Bonfá, de 42
anos, que trabalha como motorista de uma empresa.
"Quando tenho que passar por
ali, fico nervosa apenas de pensar", conta a estudante Mariana
Monteiro, 23 anos.
Entre os motoqueiros a reclamação em decorrência das mudanças é ainda mais intensa. "Passo todo os dias pela 23 de Maio e
tenho visto mais acidentes com
meus colegas. Eu mesmo já levei
várias fechadas de outros carros.
No entanto, o congestionamento
continua", critica o motoboy José
Ribeiro, de 23 anos.
Sebastião Muniz, gerente de engenharia de tráfego da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego), confirma que a quantidade de motos em circulação na
cidade é cada vez maior. "Mas elas
têm mobilidade para circular
também por vias alternativas, como as ruas Estela e Vergueiro."
"Essa medida [estreitar pistas]
não é nova, já foi usada na Rebouças, na Radial Leste e em outras
vias. Para adotá-la, levamos em
conta a largura da via, cujas faixas
devem ter cerca de 3,5 m, e a composição do tráfego", afirma o gerente de engenharia, explicando
que, quando muitos ônibus e caminhões circulam pela rua, não é
conveniente estreitar as faixas.
Por enquanto, de acordo com
Muniz, não está em estudo a adoção da medida em nenhuma outra avenida da capital paulista.
"Mas é uma coisa a que vamos recorrer quando julgarmos útil."
Texto Anterior: Trânsito: Cai acidente na 23 de Maio "espremida", diz CET; usuário reclama Próximo Texto: Saúde: Vídeo conta drama de jovem grávida Índice
|