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Justiça quer que dano coletivo seja reparado
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
A Procuradoria da República
no Rio e a Procuradoria Geral de
Justiça pedirão à Justiça Federal
que condene a Petrobras a indenizar por danos morais todos os
moradores e trabalhadores prejudicados pelo vazamento de óleo
que atingiu esta semana a baía de
Guanabara.
A decisão foi tomada ontem na
reunião entre os procuradores da
República e os promotores estaduais encarregados da apuração
do desastre ecológico.
Além do ressarcimento por danos morais, o grupo de trabalho
formado por procuradores e promotores quer que a Petrobras seja
condenada a pagar às vítimas pelos danos financeiros provocados
pelo vazamento.
Para a reivindicação dos danos
financeiros, os prejudicados devem procurar a Defensoria Pública do Estado do Rio, que ontem já
começou a cadastrar as vítimas.
Procuradores e promotores
atuarão em parceria no inquérito
civil aberto pela Procuradoria Geral de Justiça na terça, dia em que
houve o vazamento do óleo da Petrobras. Também deverá ser aberto um inquérito criminal.
Na ação civil pública que resultará do inquérito, procuradores e
promotores pedirão a condenação da Petrobras pela suposta
prática de danos morais coletivos.
O promotor Sávio Renato Bittencourt, subcoordenador da
equipe de meio ambiente da Procuradoria Geral de Justiça, disse à
Folha que a ação civil pública será
impetrada na Justiça Federal após
o recebimento de laudos periciais.
"Queremos que a Petrobras repare o dano moral coletivo, porque a população foi bastante atingida. Ela precisa ser condenada a
pagar uma reparação", disse.
A Justiça Federal receberá ainda
da Procuradoria da República e
da Procuradoria Geral de Justiça
pedido para que a Petrobras seja
condenada a reparar o dano ambiental causado pelo vazamento.
Bittencourt já solicitou à Petrobras e à Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) informações sobre o acidente, as providências tomadas e
se a Reduc (Refinaria Duque de
Caxias) tem licença da Feema.
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