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LIXO NA CIDADE
Prefeita afirma que objetivo é "colocar fumaça em coisas graves" que estão acontecendo no Congresso
Marta recua e diz que não há motivo para CPI
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de uma semana após ter
dito que era favorável à criação de
uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) para apurar a contratação emergencial de empresas
para serviços complementares de
limpeza, a prefeita Marta Suplicy
(PT) recuou e ontem disse que a
proposta só tem como objetivo
"colocar fumaça em coisas graves
que estão acontecendo no Congresso Nacional".
Ela se referia às denúncias de irregularidades envolvendo o senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Marta afirmou que está "irritada com esta confusão que estão
fazendo" e, às vezes, "dá vontade
de dizer para fazer e parar de
amolar, só para ver que não tem
nada". No entanto, disse, "não há
nada que justifique a CPI".
Para ela, a instauração da comissão só é justificada "quando
há denúncias graves, como as que
existem no Congresso". A prefeita
acredita que, caso a CPI do Lixo
seja criada, "(os vereadores) vão
ficar seis meses falando coisas que
não têm nada a ver".
O secretário de Infra-Estrutura
Urbana, Walter Rasmussen Júnior, contestou ontem informações dos vereadores Antonio Salim Curiati (PPB) e Milton Leite
(PMDB) que, anteontem, afirmaram que a Construrban Engenharia e Construções e a Global Serge
estariam inadimplentes com tributos municipal e federal.
Rasmussen foi à Câmara para
falar sobre os contratos, em regime de urgência, realizados com 16
empreiteiras para serviços complementares de limpeza.
Curiati afirmara que a Construrban não recolheria ISS desde
novembro do ano passado. Ontem, Rasmussen apresentou uma
certidão negativa, emitida em 30
de outubro passado pela Secretaria Municipal de Finanças e com
validade de seis meses, que atesta
que a empreiteira não tem nenhum débito com o município.
Rasmussen também apresentou uma certidão negativa do
INSS em nome da Global Serge,
emitida em 4 de janeiro deste ano
e com validade de dois meses.
Ele contestou, ainda, a informação de que não teria utilizado uma
ata de preços existente na prefeitura e que dispensaria a contratação de emergência. Segundo ele, a
ata de preços existente é para conservação de galerias, conserto de
guias e outros serviços e não para
recolhimento de entulho.
"As afirmações foram levianas",
disse o secretário.
Colaborou JOÃO CARLOS SILVA
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