da Sucursal de Brasília

O aval do presidente Fernando Henrique Cardoso à manutenção dos bingos, na sanção da Lei Pelé, tem oposição dentro do governo.
O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, é contrário ao jogo no Brasil.
"Sou a favor de proibir o bingo. É inadmissível o governo gastar dinheiro com o controle do jogo, quando há mais áreas com necessidade de recursos no país, como saúde e educação", afirmou o secretário da Receita Federal.
"Bingo e jogo são espaços para a contravenção nacional, para o crime organizado, lavagem de dinheiro e caixa dois", disse ele
O deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), presidente da comissão especial da Câmara que analisou a Lei Pelé, defende que a Receita Federal fiscalize o bingo.
"Os vetos do governo não podem prejudicar uma fiscalização maior do governo sobre os bingos", afirmou Rigotto.
O deputado se disse favorável ao veto do artigo que obriga a União a emitir as cartelas.
"A emissão de cartelas oficiais seria uma burocracia."
Segundo o deputado, durante a tramitação da Lei Pelé na Câmara, no ano passado, houve "pressão" para se incluir o bingo, da parte dos presidentes de federações.
Sobre o veto na cobrança imediata no Imposto de Renda, o deputado disse que o mais importante é garantir na regulamentação da lei a cobrança ágil do imposto.
"A Receita Federal tem como fazer isso."
(VALDO CRUZ e AG)


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