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Mudanças vieram em 2 etapas
da Reportagem Local
O afrouxamento do controle do
Estado sobre o bingo foi uma vitória em duas etapas dos defensores
do jogo.
Quando chegou à Câmara dos
Deputados, no dia 17 de setembro
de 97, o projeto de Pelé não tratava
do assunto. Segundo a opinião dominante no Congresso na época,
se fosse aprovado na íntegra, causaria o fechamento das casas de
bingo.
Mas o projeto enfrentou problemas nas questões que o ministro
considerava mais importantes,
como o clube-empresa e o fim do
passe. Por isso, no último dia do
prazo para votação na comissão
especial da Câmara, Pelé aceitou
incluir um capítulo sobre bingo
para obter a aprovação.
Esse capítulo nada mais era que
um projeto de lei sobre bingo que
havia sido aprovado pela Câmara
um ano e meio antes.
Naquele momento, avaliaram os
deputados pró-bingo, era melhor
ter um projeto restritivo do que
nenhum. Houve até comemoração de deputados que no início
eram contrários ao projeto, como
Eurico Miranda (PPB-RJ).
No Senado, a polêmica sobre a
questão esportiva continuou, mas
o que os parlamentares quiseram
mudar outra vez foi a questão do
bingo, por meio do compromisso
dos vetos.
Preocupado em aprovar logo o
projeto de lei, o ministro topou o
acordo, passando em seis meses
de opositor intransigente do bingo
no esporte a um importante avalista político dele.
(MD)
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