São Paulo, domingo, 22 de março de 1998

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Mudanças vieram em 2 etapas

da Reportagem Local

O afrouxamento do controle do Estado sobre o bingo foi uma vitória em duas etapas dos defensores do jogo.
Quando chegou à Câmara dos Deputados, no dia 17 de setembro de 97, o projeto de Pelé não tratava do assunto. Segundo a opinião dominante no Congresso na época, se fosse aprovado na íntegra, causaria o fechamento das casas de bingo.
Mas o projeto enfrentou problemas nas questões que o ministro considerava mais importantes, como o clube-empresa e o fim do passe. Por isso, no último dia do prazo para votação na comissão especial da Câmara, Pelé aceitou incluir um capítulo sobre bingo para obter a aprovação.
Esse capítulo nada mais era que um projeto de lei sobre bingo que havia sido aprovado pela Câmara um ano e meio antes.
Naquele momento, avaliaram os deputados pró-bingo, era melhor ter um projeto restritivo do que nenhum. Houve até comemoração de deputados que no início eram contrários ao projeto, como Eurico Miranda (PPB-RJ).
No Senado, a polêmica sobre a questão esportiva continuou, mas o que os parlamentares quiseram mudar outra vez foi a questão do bingo, por meio do compromisso dos vetos.
Preocupado em aprovar logo o projeto de lei, o ministro topou o acordo, passando em seis meses de opositor intransigente do bingo no esporte a um importante avalista político dele. (MD)



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