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Prefeitura ameaça processar
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
A Prefeitura do Rio ameaça
processar a construtora Sersan
para receber os cerca de R$ 700
mil gastos desde o primeiro desabamento parcial do edifício
Palace 2, na Barra da Tijuca.
Só com a hospedagem de 102
famílias do interditado Palace
1, a prefeitura informou já ter
gasto R$ 300 mil. O restante do
dinheiro, de acordo com a
Subprefeitura da Barra da Tijuca, foi gasto nos preparativos
para a implosão, garimpagem
de objetos, vistorias e pagamento de funcionários.
Até agora, a Sersan não gastou um centavo para acomodar os moradores do prédio interditado. O subprefeito da
Barra da Tijuca, Luiz Antonio
Guaraná, 33, disse que o caso
tende a ir parar na Justiça.
"Eles (diretores da Sersan) não
se dispuseram a pagar. Vamos
pedir ressarcimento."
No último dia 13, a Justiça
determinou o bloqueio das
contas bancárias do deputado
Sérgio Naya (sem partido-MG)
e de suas duas empresas para
garantir o pagamento de hospedagem aos moradores do
Palace 1. Esses desabrigados
procuraram os advogados
Marco Aurélio Monteiro de
Barros e Sílvio Viola, contratados pela Sersan para cuidar das
indenizações das famílias que
perderam os apartamentos no
Palace 2. Os advogados disseram que a construtora não os
contratou para tratar da situação das famílias do Palace 1.
O síndico do condomínio Palace, Eduardo Pascoal, 33, disse que fracassaram as tentativas de entendimento. "A Sersan não se mexe", afirmou.
A Folha tentou ouvir a Sersan sobre os desabrigados do
Palace 1 e a dívida com a prefeitura. Os advogados informaram, pela assessora Françoise
Bloch, que não foram contratados para tratar desses assuntos. Em Brasília, nenhum diretor da construtora quis falar à
Folha .
Colaborou
Felipe Werneck
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