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Morro do
Barbosa foi alvo
de polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
É o lugar onde o padre Anchieta teria morado e onde está
a bica (nascente de água) na
qual ele teria batizado os índios. Diz o costume popular
que quem bebe da bica não sai
mais de São Vicente.
O morro do Barbosa, bem no
centro da primeira vila brasileira, na Baixada Santista, é também uma importante reserva
de mata atlântica nativa.
Por outro lado, abriga grandes casas, construídas há mais
de 50 anos, quando a legislação
ambiental ainda não existia.
Os elementos são perfeitos
para uma grande polêmica. Na
discussão das áreas do zoneamento na Baixada, o morro do
Barbosa virou um dos muitos
pontos de conflito.
Ambientalistas, preocupados
com os patrimônios ambiental
e cultural, queriam que o morro fosse Z1 (onde não é permitido nenhum tipo de ocupação,
apenas ecoturismo e pesquisa).
Uma das justificativas era a
presença de espécies vegetais
endêmicas (que só existem naquela região) na área.
A maioria, entretanto, achava
absurda a restrição, uma vez
que o morro está no meio de
uma área densamente ocupada
e urbanizada e ocupada -uma
Z5- e abriga ele próprio habitações consolidadas.
"Classificar tudo como Z1 iria
contra o conceito do zoneamento", diz José Antonio Nunes, coordenador do projeto.
Mas não foi fácil convencer as
entidades ambientais.
Várias visitas foram feitas ao
local, e a solução encontrada
foi dividir o morro em zonas
diversas. O topo, onde está
uma grande bandeira do Brasil,
acabou como área de proteção
(Z1), enquanto o resto teve menor restrição para novas ocupações (Z3 e Z4).
(MV)
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