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Prefeitura de SP não apresentou plano
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de um mês depois da troca
de Eduardo Jorge por Gonzalo
Vecina, a Prefeitura de São Paulo
ainda não apresentou o plano de
trabalho para a área hospitalar,
novo foco da saúde. Nos bastidores, fala-se até de um novo plano
de comunicação para a pasta, que
envolveria articulação com a comunidade. Avalia-se que a Saúde
não mostrou projetos próprios,
precisa encontrar uma marca.
"A partir de maio, teremos uma
mídia mais ampla com o próprio
PSF e outros projetos, à medida
que forem se concretizando. O
PSF será um dos eixos ao lado de
outros projetos, como ambulância, hospital", diz o secretário municipal da Comunicação, José
Américo Dias.
"Quando a prefeita fala em mudar o rumo a saúde, queremos saber o que ela pensa. A nossa grande preocupação é que seja apenas
uma ação de visibilidade. Para diminuir filas não é tão simples. É
preciso ampliar espaço, contratar
recursos humanos, comprar novos equipamentos", diz José Carlos Veloso Pereira, que representa
portadores de patologias no Conselho Municipal de Saúde.
Nas últimas semanas, um relatório de gestão feito pela própria
Secretaria Municipal da Saúde foi
intensamente debatido pelos conselheiros. Nele, o PSF teve uma
das piores avaliações. Dos 25 indicadores, 14 não foram atingidos,
entre eles a criação de serviço de
saúde bucal nas equipes -a prefeitura alega a falta de recursos. O
resultado pode ser indício do que
preocupava a prefeita.
"O que realmente foi cumprido
é muito pouco. Ou as metas foram mal fixadas, ou não souberam gastar o dinheiro. O governo
despendeu toda a verba do PSF
[R$ 177,2 milhões]. Sugiro sentar
e reestudar", afirmou Juljan
Czapski, representante de prestadores de serviço no Conselho Municipal de Saúde.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que o relatório tem
de ser aperfeiçoado.
(FL)
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