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No Rio, tráfico é obstáculo ao PSF
RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de ter sido implantado
no Rio há quase oito anos, o Programa Saúde da Família cobre
pouco mais de 7% da população
da cidade. Segundo a Secretaria
Municipal de Saúde, 440 mil cariocas são atendidos.
O Ministério da Saúde, no entanto, informa uma cobertura
ainda menor, de menos de 2%.
Para a Secretaria de Saúde e
agentes comunitários, a dificuldade de encontrar clínicos gerais
dispostos a dedicar 40 horas por
semana e a presença de traficantes nas comunidades carentes são
os principais empecilhos ao avanço do programa.
Há somente 23 médicos no Saúde da Família do Rio. Existem, porém, 440 agentes comunitários.
"É complicado quebrar aquele
paradigma do médico especialista. É difícil encontrar alguém que
possa ter uma posição generalista
e ainda trabalhar 40 horas por semana em uma comunidade carente", diz Luciana Borges, coordenadora de Saúde da Comunidade da Secretaria de Saúde.
Os agentes são recrutados nas
próprias comunidades que vão
atender. Passam por um treinamento básico para atuar.
As comunidades que fazem
parte do programa têm um posto
médico -para onde as pessoas
são encaminhadas se preciso.
Os médicos e agentes atuam em
áreas muitas vezes dominadas
por traficantes de drogas.
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