São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004

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Artefatos seriam para proteção

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor da Polinter, delegado Rodolfo Waldeck, afirmou ontem que a quadrilha do traficante Róbson André da Silva, o Robinho Pinga, adquiriu as oito minas terrestres com o objetivo de se proteger contra um possível ataque de grupos inimigos.
Segundo o delegado, Pinga, chefe da facção TCP (Terceiro Comando Puro), temia que a favela da Coréia (Senador Camará, zona oeste), onde foram encontradas as minas, fosse invadida por traficantes da vizinha favela do Sapo, controlada pelo rival CV (Comando Vermelho). As duas favelas vivem em confronto.
Waldeck disse que as minas funcionariam como cinturão de proteção do reduto de Pinga. Segundo ele, o arsenal do traficante não deve ter mais dessa arma.
As minas estão guardadas na sede do Esquadrão Anti-Bombas da Polícia Civil (centro do Rio), contou o policial. Ele disse desconhecer a existência de armamentos como esse em outras favelas do Estado.
Robinho Pinga é um dos traficantes mais bem armados e um dos que mais faturam com a venda de drogas no Rio. Além de vender no varejo, ele também ganha dinheiro como atacadista de drogas, pois traz os entorpecentes diretamente de fontes produtoras, como o Paraguai e a Bolívia.
Sobre as 161 granadas apreendidas no mesmo paiol onde foram achadas as minas, Waldeck afirmou que está fazendo o rastreamento a partir do número de série dos artefatos para identificar a sua procedência. As granadas foram fabricadas na cidade de Lorena (interior de São Paulo).


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