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Entidades criticam o governo do Estado
DA AGÊNCIA FOLHA
A Justiça Global e a CJP (Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho) criticaram a
forma como governo estadual lidou com os problemas da Casa de
Detenção José Mário Alves, conhecida como Urso Branco, nos
últimos três anos. O padre Paulo
Thadeu, coordenador da CJP e
um dos negociadores na rebelião,
afirmou que "os problemas de superlotação e falta de condições razoáveis para os presos já vêm se
arrastando há três anos".
Segundo a CJP, desde 2001, 64
presos já foram mortos no Urso
Branco -sem contar os assassinados durante a atual rebelião.
Sandra Carvalho, da Justiça
Global, que realizou um estudo
sobre o presídio para denunciar
as más condições para a OEA (Organização dos Estados Americanos), afirmou que o "governo estadual foi lento nas suas atitudes e
permitiu que a situação se radicalizasse no Urso Branco".
Richard Morante, assessor de
imprensa do governador Ivo Cassol (PSDB), disse que todas as medidas de segurança foram tomadas. As negociações foram encaminhadas após o início do motim.
Segundo ele, as ações não foram
precipitadas. "A PM preferiu ser
precavida. No primeiro momento
que estourou a rebelião, o coronel
Amoan Garret [da PM] estava
com o Comando de Operação Especial na frente do presídio."
Sobre a superlotação, ele disse
que o Estado tem projeto de construção de dois presídios, com capacidade somada para 312 detentos. No início de março de 2005, as
cadeias devem ser entregues.
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