São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2004

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Entidades criticam o governo do Estado

DA AGÊNCIA FOLHA

A Justiça Global e a CJP (Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho) criticaram a forma como governo estadual lidou com os problemas da Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como Urso Branco, nos últimos três anos. O padre Paulo Thadeu, coordenador da CJP e um dos negociadores na rebelião, afirmou que "os problemas de superlotação e falta de condições razoáveis para os presos já vêm se arrastando há três anos".
Segundo a CJP, desde 2001, 64 presos já foram mortos no Urso Branco -sem contar os assassinados durante a atual rebelião.
Sandra Carvalho, da Justiça Global, que realizou um estudo sobre o presídio para denunciar as más condições para a OEA (Organização dos Estados Americanos), afirmou que o "governo estadual foi lento nas suas atitudes e permitiu que a situação se radicalizasse no Urso Branco".
Richard Morante, assessor de imprensa do governador Ivo Cassol (PSDB), disse que todas as medidas de segurança foram tomadas. As negociações foram encaminhadas após o início do motim. Segundo ele, as ações não foram precipitadas. "A PM preferiu ser precavida. No primeiro momento que estourou a rebelião, o coronel Amoan Garret [da PM] estava com o Comando de Operação Especial na frente do presídio."
Sobre a superlotação, ele disse que o Estado tem projeto de construção de dois presídios, com capacidade somada para 312 detentos. No início de março de 2005, as cadeias devem ser entregues.


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