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Atuação cai após conclusão de obras em Fernão Cardim
DA SUCURSAL DO RIO
A implantação do Favela
Bairro em Fernão Cardim,
no Engenho de Dentro (zona norte do Rio), mudou
também o comportamento
dos traficantes.
Antes, agiam como grupo
paramilitar e controlavam a
favela com o uso ostensivo
de armas. Agora, mesmo
permanecendo na área, têm
uma atuação mais discreta.
A abertura de uma grande
rua marginal ao rio que corta a favela, e de novas vias de
circulação, tornou o trânsito
possível até para carros da
polícia, que frequentemente
patrulham o local.
Isso terminou com o isolamento da área, dominada
por um grupo ligado à ADA
(Amigos Dos Amigos, um
dos bandos derivados do
Comando Vermelho).
O projeto urbanístico de
Fernão Cardim é elogiado
pelos moradores.
Um obelisco marca a entrada da favela, trazendo para a região referências de
monumentos vistos antes
somente na zona sul, a parte
mais rica da cidade.
Mas a favela vive hoje um
problema inusitado: eles
querem a remoção de cerca
de 40 pessoas que invadiram
a única área livre depois das
obras do Favela Bairro.
Os moradores já estabelecidos não querem a inclusão
de novos favelados e cobram
providências da prefeitura.
No local da invasão, eles pedem que seja construído um
espaço recreativo.
Na favela Floresta da Barra
da Tijuca, no Itanhangá (zona sul do Rio), os moradores
estão cercados pela vegetação densa e livres da ação de
quadrilhas de traficantes.
Ela é exemplo de um local
onde a preservação de relações de vizinhança impediu
o crescimento do crime.
Moradores contam que
bandidos tentaram se estabelecer na favela, mas foram
expulsos pela resistência comunitária. Hoje beneficiados pelo Favela Bairro e pela
excelente localização, a
preocupação é com a especulação imobiliária. Eles temem que a crescente valorização do local acabe resultando em mudanças de moradores e no fim da época da
boa vizinhança.
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