São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 2006

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1º fim de semana após ataques tem poucas ações

DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro final de semana após o fim da onda de ataques do PCC, o número de ocorrências violentas caiu drasticamente no Estado de São Paulo, mas os confrontos indicam que a tensão persiste em algumas áreas. A ocorrência mais grave aconteceu na zona norte da capital, quando PMs mataram três jovens que, supostamente, teriam roubado um carro (leia nesta pág.).
Caso fosse incluído nas estatísticas sobre o embate com o PCC, as mortes causadas pela polícia paulista já teriam ultrapassado, em dez dias, os 111 mortos do Massacre do Carandiru, quando a PM matou, em 1992, presos na extinta Casa de Detenção. O governo reconhece 109 mortes de suspeitos. Há oito dias a Folha pede informações sobre os mortos, mas o governo diz que só vai divulgá-las "oportunamente".
Na Penitenciária de Pacaembu (617 km de São Paulo), oito presos escaparam -três foram recapturados, e um foi morto a tiros. Já na Penitenciária 2 do Complexo Campinas-Hortolândia, em Hortolândia (105 km da capital), os cinco presos que tentaram fugir foram feridos por agentes, que também atiraram contra um helicóptero do SBT. Na cadeia pública de Botucatu (230 km de São Paulo), os 220 presos se rebelaram e fizeram um refém, que foi liberado após cinco horas.
Um suspeito foi morto e dois acusados foram feridos no sábado, após suposta tentativa de assalto contra um policial civil, no Ipiranga (zona sul de SP).
Ontem, três adolescentes e um homem, dizendo ser do PCC, atiraram um coquetel molotov contra o bar Bazzi, na Vila Nova Conceição (zona sul da capital). O pavio apagou e o artefato não explodiu. O incidente ocorreu após uma discussão sobre a conta. A polícia descartou ligação com o PCC.


Colaboraram a Agência Folha e o "Agora"


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