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Jurado com sono pára sessão
DA REPORTAGEM LOCAL
O julgamento do coronel da reserva Ubiratan Guimarães entrou
ontem em sua fase mais árdua e
maçante, o da leitura de trechos
do processo, que hoje conta com
cerca de 20 mil páginas. Ontem, a
juíza Maria Cristina Cotrofe teve
de suspender a sessão por dez minutos, porque um dos jurados estava com sono. Ela já havia mandado servir café aos sete membros
do júri por duas vezes.
Além do depoimento de vítimas
e de policiais, partes de livros deverão ser lidas até amanhã, quando está previsto o encerramento
do material do Ministério Público. Em seguida, começará a leitura dos documentos da defesa.
Quatro pessoas se revezaram na
leitura dos documentos. Em meia
hora, por exemplo, foram contados relatos de cinco sobreviventes
do massacre. Barba e Coelho, os
apelidos dos presos que começaram a briga anterior à rebelião,
são os nomes mais lidos em todos
os depoimentos de detentos.
O que seria um acerto de contas
entre grupos adversários, do cotidiano da cadeia, tornou-se um tumulto e acabou com a desastrada
ação da Polícia Militar.
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