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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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Paciente espera 7 dias por exame

DA REPORTAGEM LOCAL

"Aneurisma?" O ponto de interrogação no pedido de tomografia feito pela neurologista ficaria "no ar" por sete dias.
O vendedor autônomo Marcelo Campos, 37, começou a ter dor em um dos olhos no dia 9 deste mês. A dor evoluiu rapidamente, atingiu todo o lado esquerdo da face. No dia 13, quando esteve no pronto-socorro do hospital municipal do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, foi solicitado o exame, mas os dois tomógrafos do hospital estavam quebrados. "Sou jovem, estou assustado", disse Campos na última quarta-feira.
Os analgésicos prescritos não aliviaram as dores. No dia 9, antes da neurologista, uma oftalmologista havia prescrevido uma pomada, por acreditar que se tratava de inflamação no olho. Só no dia 13, outro oftalmologista o encaminhou para a neurologia.
Na tarde de quarta-feira, a assessoria de imprensa da autarquia hospitalar do Jabaquara informou que o tomógrafo já estava consertado. À noite, Campos disse que já estivera no hospital, mas que um médico falou que ele só poderia fazer o exame na sexta-feira (20), sete dias após o pedido.
"Em oito anos [das gestões Celso Pitta e Paulo Maluf] não houve nenhum investimento em equipamentos e reformas dos hospitais", diz Clara Whitaker, coordenadora hospitalar da prefeitura.


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