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Paciente espera 7 dias por exame
DA REPORTAGEM LOCAL
"Aneurisma?" O ponto de interrogação no pedido de tomografia feito pela neurologista ficaria "no ar" por sete dias.
O vendedor autônomo Marcelo
Campos, 37, começou a ter dor
em um dos olhos no dia 9 deste
mês. A dor evoluiu rapidamente,
atingiu todo o lado esquerdo da
face. No dia 13, quando esteve no
pronto-socorro do hospital municipal do Jabaquara, na zona sul
de São Paulo, foi solicitado o exame, mas os dois tomógrafos do
hospital estavam quebrados. "Sou
jovem, estou assustado", disse
Campos na última quarta-feira.
Os analgésicos prescritos não
aliviaram as dores. No dia 9, antes
da neurologista, uma oftalmologista havia prescrevido uma pomada, por acreditar que se tratava
de inflamação no olho. Só no dia
13, outro oftalmologista o encaminhou para a neurologia.
Na tarde de quarta-feira, a assessoria de imprensa da autarquia
hospitalar do Jabaquara informou que o tomógrafo já estava
consertado. À noite, Campos disse que já estivera no hospital, mas
que um médico falou que ele só
poderia fazer o exame na sexta-feira (20), sete dias após o pedido.
"Em oito anos [das gestões Celso Pitta e Paulo Maluf] não houve
nenhum investimento em equipamentos e reformas dos hospitais", diz Clara Whitaker, coordenadora hospitalar da prefeitura.
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