São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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Hantavírus pode ser causa de três mortes de uma família em Mauá

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Saúde do Estado investiga se foi hantavirose- doença transmitida pelas fezes, urina e saliva de roedores- a causa da morte de três pessoas de uma mesma família ocorrida em Mauá (Grande São Paulo). Sangue e vísceras das vítimas estão sendo analisados pelo Instituto Adolfo Lutz. Os resultados ficam prontos em dez dias.
As mortes ocorreram entre a madrugada da última quinta-feira e a noite de sábado no Jardim Camila, em Mauá. Antes de morrer, o metalúrgico Fábio Júnior da Silva, 23, a mulher, Raquel de Oliveira, 25, e a cunhada Jaqueline de Oliveira, 16, tiveram diarréia, dores no corpo e náusea, hemorragia, convulsão, insuficiência respiratória e queda de pressão.
"A gente está levantando várias hipóteses. Uma delas é o hantavírus", disse ontem o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. Segundo ele, tudo leva a crer que se trata de doença infecciosa, porém, não contagiosa.
A suposição se baseia no fato de que tanto os pais de Fábio Silva, que moram na casa que fica em frente àquela em que vivia o filho com a mulher, como outras pessoas que tiveram contato com o casal não apresentaram sintomas da doença. Jaqueline estava hospedada na casa.
Na sexta-feira, a casa das vítimas foi lacrada para que os técnicos da saúde fizessem a análise de alimentos e dos objetos. Por precaução, a Secretaria Municipal da Saúde de Mauá determinou o acompanhamento de nove pacientes (sete crianças e dois adultos) que moram no Jardim Camila e que manifestaram um ou mais sintomas semelhantes aos que acometeram as vítimas.
A secretaria disse que, até o momento, os quadros clínico e laboratorial dessas pessoas não são semelhantes aos que resultaram nas mortes. (CLÁUDIA COLLUCCI)


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