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NÚMEROS
IBGE lança no Rio de Janeiro o Anuário Estatístico Brasileiro 1996, que traz números referentes a 95 e projeções
País terá 200 mi de habitantes em 2020
FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Sucursal do Rio
A taxa de crescimento anual da
população brasileira cairá progressivamente de 1,32% em 1995
até 0,709% em 2020, quando o país
terá 200 milhões de habitantes.
As projeções estão no Anuário
Estatístico Brasileiro 1996, lançado
ontem pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Rio. A publicação traz
dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) de 1995 e projeções do IBGE
para os indicadores demográficos
do país.
A população brasileira em 1995,
de acordo com a PNAD, era de 152
milhões de habitantes.
A taxa de mortalidade se manterá estável, com ligeira queda: de
6,87% em 1995 cairá para 6,6% em
2020. A taxa de natalidade tende a
uma queda de 20,14% em 1995 para 13,69% em 2020.
O Anuário 96 confirma a tendência de envelhecimento da população brasileira. O número de pessoas com mais de 60 anos cresceu
de 7 milhões em 1980 para aproximadamente 11 milhões, de acordo
com o Censo 1991, e mais de 12 milhões, de acordo com a PNAD 95.
"As famílias estão menores, a taxa de mortalidade está estável e,
com isso, a tendência é de envelhecimento", afirma Luísa Teixeira,
coordenadora de relações institucionais do IBGE.
De acordo com o IBGE, 38,8% da
população brasileira era constituída, em 1995, por crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Destes, 35%
(cerca de 20 milhões) viviam em
condições de pobreza, em domicílios com renda mensal per capita
de até meio salário mínimo.
A situação mais grave era no
Nordeste, onde 57,1% da população de 0 a 17 anos vivia em famílias
com renda mensal per capita inferior a meio salário mínimo.
No binômio frequência escolar/trabalho, o Anuário revela que
76,6% das crianças de 10 a 14 anos
estudavam, 13% trabalhavam e estudavam, e 4% só trabalhavam.
Entre adolescentes de 15 a 17 anos,
43,6% só estudavam, 23% estudavam e trabalhavam, e 19,6% só trabalhavam.
A população economicamente
ativa somava 74 milhões de pessoas em 1995 -44 milhões de homens e 30 milhões de mulheres.
Segundo a PNAD, 3,5 milhões dos
economicamente ativos tinham
entre 10 e 14 anos.
Entre os 69 milhões de brasileiros ocupados, 4,3 milhões ganhavam menos de meio salário mínimo, e 11 milhões, de meio a um salário mínimo.
Dos 69 milhões de ocupados, 35
milhões eram empregados com
carteira assinada, funcionários
públicos, estatutários ou militares,
entre outros. Quinze milhões trabalhavam por conta própria.
O Anuário Estatístico 96 foi lançado em catálogo (R$ 50) e
CD-ROM (R$ 30).
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