São Paulo, sábado, 22 de julho de 2000


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IMPRENSA
Aos 64 anos, desaparece um dos maiores críticos econômicos do país; enterro será realizado hoje em São Paulo
Infarto mata o jornalista econômico Aloysio Biondi

DA REDAÇÃO

O jornalista econômico Aloysio Biondi, 64, morreu ontem às 9h30, vítima de infarto agudo do miocárdio, aneurisma da aorta abdominal e complicações pós-operatórias. Ele havia sido internado no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, às 20h30 de quinta-feira, para uma cirurgia de emergência.
O corpo do jornalista, que ficará no velório do hospital até as 10h de hoje, será enterrado no cemitério da Paz, no Morumbi. Ele tinha três filhos.
Com 44 anos de profissão, Biondi ingressou na Folha em 1956, onde foi editor de Economia e manteve uma coluna entre novembro de 92 e junho de 99.
Foi diretor de redação do "Jornal do Comércio" (RJ) e do "DCI -Diário Comércio & Indústria" (SP). Também trabalhou nas revistas "Veja" e "Visão" e nos jornais "Gazeta Mercantil" e "Correio da Manhã", entre outras publicações.
Sempre foi conhecido por seus textos críticos sobre economia. Quando dirigiu o "Jornal do Comércio", no Rio, nos anos 70, conseguiu realizar uma verdadeira revolução no conceito da cobertura econômica, atento à necessidade de se praticar um jornalismo crítico e indagativo.
A falta de subsídios aos pequenos produtores agrícolas e sua posição contrária à abertura econômica eram temas que apareciam constantemente nos seus trabalhos nos últimos anos.
Um de seus últimos artigos criticava a forma como foi ignorada a assinatura de um tratado no encontro do G-7 (que reúne as sete maiores economias do mundo), na Alemanha, em junho, rejeitando as políticas neoliberais. Em 1999, publicou o livro "Brasil Privatizado", no qual faz um levantamento das privatizações no país, mostrando seu lado negativo.
A Fundação Cásper Líbero, onde lecionava jornalismo, lhe concedeu o título "Notório Saber".
Atualmente, publicava seus textos nos jornais "Diário Popular" e "Correio Braziliense", nas revistas "Caros Amigos", "Bundas" e "Educação" e no portal MyWeb.



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