São Paulo, sábado, 22 de julho de 2000


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14 carros são roubados por hora na cidade

GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de roubos e furtos de veículos na cidade de São Paulo cresceu 14% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A média chega a 14 carros por hora.
De janeiro a junho deste ano, foram 63.354 registros, segundo dados extra-oficiais da 1ª Delegacia de Furtos e Roubos de São Paulo e da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
São 8.000 veículos a mais do que no primeiro semestre de 99. Nesse período, a média ficou em 12 carros roubados ou furtados por hora na cidade.
Esses números seguem a tendência de crescimento dos últimos cinco anos, segundo o delegado Manoel Camassa, titular da 1ª Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos da Capital.
Em 99, o município registrou 114.197 roubos e furtos de veículos, em uma média de 13 carros por hora. Esse número foi 24% superior aos dados de 98.
"O trabalho da polícia aumentou, mas esse tipo de crime se banalizou nos últimos tempos", disse Camassa. "Qualquer ladrão iniciante está furtando carro."
O secretário de Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, afirmou, na quarta-feira, que o roubo e furto de veículos foram os crimes que mais cresceram no primeiro semestre deste ano. Mas os dados estaduais só serão divulgados na próxima semana.
Petrelluzzi pretende discutir medidas preventivas junto aos fabricantes de veículos. "Em relação às medidas repressivas, não temos mais o que fazer", disse.
O delegado Camassa afirmou que a disseminação do crime em São Paulo provocou a desvalorização do preço pago pelo veículo roubado pelo receptador.
"Antes o ladrão vendia o carro roubado por até R$ 2.000. Agora, com a banalização desse tipo de crime, ele chega a repassar o veículo por apenas R$ 100", disse o delegado.
A Vila Clementina (zona sudoeste) lidera as estatísticas de furtos. A região concentra grandes áreas de estacionamento, como a do hospital São Paulo e o da Unip (Universidade Paulista).


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