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Chefe de equipe de tiro defende reformulação
DA SUCURSAL DO RIO
O chefe da equipe de tiro da
PM, tenente-coronel Sergio
Meinicke, defende uma reformulação do treinamento de tiro da corporação, especialmente no que diz respeito aos
alvos e à avaliação do tiro.
Segundo Meinicke, o tamanho dos alvos é muito grande,
fora do padrão do brasileiro.
"Além do mais, a avaliação verifica a empunhadura da arma,
por exemplo. O que interessa é
o resultado do tiro", afirma.
Segundo ele, o soldado pouco
pratica tiro, muitas vezes porque não quer. "Eles vêem os filmes e acham que sabem tudo."
O comandante da Polícia Militar, coronel Wilton Ribeiro,
disse que são altíssimos os números de casos de autolesão
obtidos pelo capitão Paulo Storani e concordou com a avaliação dos motivos: estresse e falta
de treinamento.
Ribeiro afirmou que a PM
vem investindo em treinamento. "Em 1999 a polícia deu mais
tiro técnico e tático em treinamento que nos últimos dez
anos. Além do mais, a PM do
Rio vive numa situação de
guerra permanente, é a única
que enfrenta fuzil e bazuca. O
policial do Rio é um combatente urbano", afirmou.
De acordo com Ribeiro, a Polícia Militar está estudando os
dados obtidos por Storani para
saber se irá aplicá-los em um
treinamento.
A Secretaria da Segurança
Pública também planeja investir R$ 500 mil em uma central
virtual de treinamento de tiro,
manuseio de explosivos e ação
tática.
O coordenador de Tecnologia da secretaria, Isnard Martins, explica que a idéia do projeto é dar aos policiais um contato -ainda que virtual-
com realidades similares às que
eles encontrarão em seu trabalho no dia-a-dia.
No módulo chamado Jogos
de Guerra, por exemplo, o treinamento consiste em simular a
atuação do policial em situações como sequestros e assaltos
a banco. Um telão exibe a cena
e o policial deve reagir a ela.
As armas são reais, mas totalmente modificadas e monitoradas por computador. O disparo é, na verdade, uma descarga de ar comprimido. O
computador permitirá saber a
trajetória da bala, a margem de
erro e o resultado da ação.
Uma equipe técnica da secretaria está encarregada de criar
cenários virtuais similares ao
da realidade do Rio de Janeiro.
Chamado para ser consultor
da coordenação de Tecnologia,
Storani dará um curso de capacitação de policiais em técnica
de tiro e combate defensivo.
Storani também planeja testar a reação dos policiais ao estresse e avaliar sua performance de tiro em momentos de
confronto real, acompanhando
ações policiais.
(FE)
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