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EMAGRECIMENTO
Droga pode ser comprada com auxílio de importadora
Venda do Xenical dependerá de retenção de receita médica
PRISCILA LAMBERT
da Reportagem Local
O Xenical, medicamento para
emagrecer que reduz a absorção
de gorduras em 30%, está causando grande agitação entre gordinhos e neuróticos por regimes
mesmo antes de ser lançado no
Brasil. Mas o Ministério da Saúde
avisa: as pílulas só serão vendidas
com retenção de receita médica.
A droga foi desenvolvida pelo laboratório Roche, na Suíça, e já está
sendo comercializada em 11 países. As pílulas funcionam diretamente no intestino, inibindo a
ação da enzima lipase (responsável pela quebra das moléculas de
gordura) e impedindo a absorção
de 30% da gordura consumida.
O medicamento foi registrado
no Ministério da Saúde em setembro. Mas sua venda ainda depende
de adequações da bula e embalagem, que deverão informar com
destaque que ele só pode ser vendido com retenção da receita.
Nos países onde a venda já liberada -entre eles Argentina, Venezuela, Nova Zelândia, Inglaterra
e Itália-, não há necessidade de
retenção da receita.
Silas Gouveia, diretor do departamento técnico-normativo da Vigilância Sanitária federal, explica
por que o Xenical foi incluído na
lista dos medicamentos que devem ser vendidos "sob especial
controle." De acordo com ele, o
medicamento pode causar danos à
saúde se for mal utilizado. "Quem
consumir muita gordura pode ter
diarréia ao tomar a droga. Junto
com a gordura, o paciente perde
sais minerais, proteínas e carboidratos, o que pode causar uma carência desses nutrientes."
Segundo a Roche no Brasil, as
exigências da Vigilância estão sendo cumpridas e o medicamento
deve ser lançado no primeiro trimestre do ano que vem.
Mas muitos brasileiros já adquiriram o Xenical com auxílio de importadoras (a caixa, para um mês
de uso, custa cerca de R$ 300).
Importadoras compram o produto em nome do paciente -a lei
permite que apenas pessoas físicas
busquem medicamentos importados não liberados no Brasil- e
cobram cerca de 10% para intermediar a compra. Mas é preciso
ter receita médica e assinar procuração para liberação na alfândega.
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