São Paulo, quinta, 22 de outubro de 1998

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São Paulo segue média do país

do enviado especial

O quadro do atendimento em creches no Estado de São Paulo não é muito diferente do resto do país. Dependendo do tipo de instituição, a proporção de educadores sem a formação mínima exigida em lei (ensino médio completo) varia de 37% a 65%.
Os salários estão pouco acima da média nacional: entre R$ 311 e R$ 428, mas há casos em que se ganha muito menos e outros, mais.
O tempo médio de serviço nas creches fica na faixa dos quatro anos -com exceção da rede de creches administradas diretamente pela Prefeitura de São Paulo, onde esse indicador é de 11 anos.
Mas a prefeitura vem nos últimos seis anos "privatizando" a sua rede de creches -repassando a administração para o setor privado. Hoje, 57% das creches da capital paulista mantidas pela prefeitura são ditas "conveniadas".
Essa composição de problemas é, como no restante do país, o "nó" que terá de ser desfeito para se chegar a um atendimento de qualidade nas creches.
"O objetivo de nossa pesquisa era fazer um diagnóstico para pensar propostas de formação para os professores de educação infantil", afirma Tizuko Kishimoto, que coordenou o "Mapeamento da Formação de Profissionais de Educação Infantil em São Paulo".
Segundo o estudo que avaliou as creches mantidas com recursos do governo federal, 30% dessas instituições oferecem menos de 1 m2 por criança. O mínimo aceito internacionalmente é de 3 m2.



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