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Governo libera recurso para pagar bolsas
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Foram liberados ontem os recursos para pagamento de bolsas
de estudo da Capes de alunos das
universidades federais referentes
ao mês de setembro. O dinheiro
estava retido desde o dia 5.
O dinheiro tinha ficado bloqueado por causa da mudança do critério de liberação dos recursos dos
ministérios e órgãos ligados a eles
adotado este mês.
Quando o sistema registra que
uma unidade está com saldo negativo, fica impossibilitada de fazer
empenhos (reservas para gastos).
A mudança, por sua vez, foi adotada por causa do corte de 20% no
orçamento geral do governo federal, anunciado em setembro.
O Ministério da Educação
(MEC) determinou que as federais
podem gastar R$ 158,8 milhões de
R$ 370,7 milhões previstos para
custeio -valor sujeito a revisão
na medida em que houver recursos. A Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições Federais
de Ensino Superior) estima que
70% já tinha sido gasto ou empenhado, gerando saldo negativo.
Por causa do bloqueio, as federais não podem fazer os repasses
das bolsas, nem empenhos para
gastos com manutenção.
Mas, como o dinheiro das bolsas
foi liberado, as federais estão autorizadas a fazer aos repasses aos
estudantes, afirma Luiz Horta, diretor de administração da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior),
fundação ligada ao MEC. Segundo
Horta, o atraso não deverá se repetir até o final do ano.
Independentemente do atraso, a
Capes perdeu cerca de R$ 12 milhões do orçamento para bolsas
deste ano. Horta diz que o MEC
promete repor este dinheiro a partir de novembro, o que garantiria
o pagamento das bolsas.
O bloqueio prejudicou cerca de
14.600 bolsistas de mestrado, doutorado e aperfeiçoamento.
Também já foram liberados, anteontem, os recursos referentes a
repasses do SUS (Sistema Único
de Saúde) para os hospitais universitários.
Apesar do desbloqueio dos recursos para bolsas e hospitais universitários, as federais ainda não
podem fazer empenhos para despesas com manutenção, a não ser
que o MEC autorize.
A medida foi adotada porque,
em consequência dos cortes, o
MEC foi obrigado a eleger prioridades e concentrar recursos para
garantir dinheiro para programas
como o da merenda escolar.
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