São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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LEGISLATIVO

Para entrar em vigor em 2003, projeto que aumenta imposto em 7% precisa passar por segunda votação

Vereadores aprovam reajuste do IPTU

SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os vereadores de São Paulo aprovaram ontem o projeto de lei que aumenta o valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Para entrar em vigor a partir do ano que vem, o projeto precisa ser aprovado em segunda votação -quando são incluídas emendas-, prevista para acontecer na próxima semana.
O projeto reajusta em 7% a planta genérica de valores, base de cálculo do imposto. Isso acarretará a diminuição do número de imóveis isentos.
O projeto foi aprovado com 33 votos. Dos 39 vereadores presentes, apenas os do PSDB (cinco parlamentares) votaram contra. O vereador José Rogério Farhat (PSD) se absteve.
Desde sexta-feira, são realizadas sete sessões por dia, o que deve se repetir hoje. O Executivo tem 37 projetos para serem aprovados. Oito deles obrigatoriamente até o dia 31, pois são de caráter tributário e só podem vigorar em 2003 se aprovados neste exercício.
Pelo menos 250 mil contribuintes (10% do total) terão no próximo ano um reajuste superior ao dos 7% da planta genérica de valores. Desse total, 72,5 mil (29%) têm imóveis residenciais na faixa de R$ 100 mil a R$ 120 mil que, até este ano, tinham direito a um desconto de R$ 20 mil sobre o valor venal no cálculo.
A prefeitura calcula que, se o projeto for aprovado como está, a arrecadação de IPTU terá crescimento de R$ 220 milhões em 2003 (12,6% a mais do que neste ano).
O fim do desconto de R$ 20 mil para os imóveis residenciais na faixa entre R$ 100 mil e R$ 120 mil deverá gerar uma receita extra de R$ 12 milhões.
O reajuste fará com que 60 mil contribuintes que eram isentos neste ano passem a pagar o imposto, uma vez que somente imóveis residenciais de até R$ 50 mil e não-residenciais de até R$ 20 mil podem deixar de recolher o IPTU.
Nas sessões realizadas ontem persistiu o clima tenso e as trocas de ofensas entre os vereadores. O vereador Eliseu Gabriel (PDT) chamou Ricardo Montoro (PSDB) de covarde. O tucano reagiu e o chamou de escroque (quem se apodera de bens alheios por meio de fraude).
Os vereadores previam realizar sessões após a meia-noite. Hoje, a partir das 10h, os trabalhos na Câmara devem ser retomados.


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