São Paulo, terça, 22 de dezembro de 1998

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Para hospital, nunca houve troca

da Reportagem Local

O Hospital Maternidade João Paulo 2º informou não ter conhecimento das investigações que estão em curso no 5º DP para apurar a troca de bebês.
A secretária da direção do hospital, Lourdes dos Santos, afirmou ontem que nada havia sido notificado ao hospital até então.
Segundo a secretária, nenhum documento foi pedido à instituição para que atestar quem nasceu no hospital naquele dia.
"Nós nunca tivemos nenhum caso de troca de bebês registrado aqui no hospital", afirma a secretária Lourdes. O diretor e dono da instituição, Armando Cordeiro Júnior, não estava no hospital quando a reportagem o procurou. Também não respondeu aos recados deixados na maternidade.
A Folha apurou que os casais que devem fazer o exame hoje foram selecionados e prestaram depoimento depois que o próprio hospital forneceu uma lista de todas as crianças nascidas 24 horas antes e 24 depois do nascimento do bebê que acabou morto.
Na época em que o bebê nasceu, o hospital ainda era vinculado ao SUS. Hoje, a maternidade é particular e só atende convênios. Uma consulta no hospital custa R$ 10,00. Um parto, R$ 650,00.
Segundo as enfermeiras, naquela época chegavam a nascer até 40 bebês numa noite. Uma atendente que pediu para não ser identificada disse que a história da troca de bebês é muito antiga e, em sua opinião, o inquérito não deverá ter maiores consequências.



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