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Decisão tem análise psicológica
da Reportagem Local
As decisões judiciais em casos
que envolvem trocas de bebês são
baseadas, fundamentalmente, numa profunda avaliação psicológica realizada com as crianças e famílias em que vivem.
De acordo com o juiz Jefferson
Moreira de Carvalho, da Vara da
Infância e Juventude de São Miguel Paulista (zona leste de São
Paulo), se um dos pais envolvidos
quiser a posse de seu filho verdadeiro (mediante resultado de DNA
que confirmar a troca), o processo
vai correr normalmente.
O juiz pedirá acompanhamento
psicológico, que pode demorar de
meses a anos.
"Num processo como esse, primeiro pensamos na criança", diz.
"É preciso analisar os vínculos
afetivos que se estabeleceram entre a criança e os pais. Somente
após uma avaliação dessas é que
podemos julgar."
No entanto, segundo o juiz
-que já julgou um caso desse tipo-, o mais provável é que as famílias desistam do processo judicial e façam um acordo.
"No caso que analisei, em 1985,
os pais continuaram com os filhos
trocados mas criaram laços fortes
de amizade com os filhos verdadeiros", afirma.
O advogado Ricardo Penteado,
especializado em direitos da família, afirma que a avaliação psicológica "pesa 100% numa ação judicial desse tipo".
"A rigor, o pai tem direito de ficar com seu filho verdadeiro. Mas
tudo depende de uma profunda
análise psicossocial", diz.
(PL)
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