São Paulo, sábado, 23 de abril de 2005

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MANIFESTO SOBRE RODAS

Laurenti diz que medida não deve atingir os que querem apenas passear de bicicleta pelo local

Ouvidor afirma que medida é antipática, mas "necessária"

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o ouvidor-geral da USP, Ruy Laurenti, a decisão de fechar a USP para os ciclistas é uma medida que, embora "aparentemente antipática", é necessária para assegurar a segurança dos usuários. Segundo o ouvidor, são registradas, em média, três reclamações envolvendo ciclistas por semana, número que tem evoluído nos últimos três meses.
A medida estabelece que, de segunda a sexta-feira, só poderão circular de bicicleta no campus professores, funcionários e estudantes da USP. Ciclistas que não pertencem aos quadros da universidade só poderão usar o local aos sábados, das 5h às 14h, e em dias de competições esportivas autorizadas pela prefeitura do campus. De acordo com a assessoria de imprensa da USP, a guarda interna e os funcionários da portaria irão retirar do campus quem desobedecer à resolução.
Laurenti afirma, porém, que a medida pretende coibir a presença dos "pelotões" (na resolução da prefeitura do campus são citados os ciclistas-atletas) e não deve atingir aqueles que quiserem apenas passear de bicicleta no local.
"Isso está muito bem explicado na resolução, essa tomada de posição foi contra os ciclistas que andam em grupo, atormentando a vida daqueles que trabalham na USP, sendo indelicados, ríspidos e às vezes até agressivos. Temos certeza de que não são todos assim, mas como vamos fazer?"
Quanto à possibilidade de uma ciclovia ser instalada na universidade, como pedem os atletas, o ouvidor diz que isso pode ser discutido, mas, a princípio, não é uma prioridade para a USP.


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