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RIO
Para governador, adversários querem "enfraquecê-lo"
Governo federal não repassa verba de segurança para Garotinho
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Anthony
Garotinho (PSB), sofreu mais um
revés em projetos para a área de
segurança. O governo federal comunicou que vai repassar aos
municípios as verbas do Plano de
Prevenção à Violência, deixando
de investir em projetos do Estado.
Garotinho, por meio da Secretaria de Ação Social, havia selecionado as favelas cariocas de Pavão-Pavãozinho (zona sul) e Jacarezinho (zona norte) para a implantação de projetos-modelos, que poderiam ser levados para outras
áreas da região metropolitana.
O governador pretendia ampliar um programa de emprego
para jovens considerados em risco de envolvimento com o tráfico
de drogas, entre outras iniciativas.
O Plano de Prevenção à Violência, que vem sendo discutido desde o começo do ano, prevê a distribuição de cerca de R$ 395 milhões em todo o país. Segundo o
governo federal, desde o início estava claro que a distribuição seria
feita para os municípios. Mas o
governo do Rio diz que a medida
teve motivações políticas.
Para Garotinho, o presidente
Fernando Henrique Cardoso teria cedido a pressões de membros
do PSDB, para os quais as verbas
fortaleceriam um adversário.
Na semana passada, o Tribunal
de Justiça do Rio já havia imposto
restrições ao plano de segurança
de Garotinho, ao considerar ilegais itens da lei que criou o ISP
(Instituto de Segurança Pública),
autarquia que tem a missão de
instalar a Nova Polícia no Estado.
Além disso, a cerimônia de assinatura dos contratos do plano foi
cancelada após Garotinho dizer
"Fernandinho Beira-Lago" -suposta referência ao presidente.
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