São Paulo, domingo, 23 de maio de 2004

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Exercício é alternativa a medicamento

DA REPORTAGEM GERAL

A Unifesp trata pacientes portadores da SPI com exercícios aeróbicos como uma alternativa à medicação. A prática de exercícios faz com que o organismo libere beta-endorfina, um analgésico natural, e dopamina.
Um estudo desenvolvido pelo professor Marco Túlio de Mello, do Departamento de Psicobiologia da universidade, mostrou que os exercícios ajudam na diminuição dos movimentos noturnos na mesma proporção dos remédios.
Segundo Mello, em ambas as situações, os pacientes estudados passaram de uma média de 35 movimentos por hora para 12.
O aposentado Cláudio Contesini pratica os exercícios há sete meses e diz que tanto ele como a mulher já sentiram diferença. "Minha mulher disse que o último tranco que dei durante o sono foi há 20 dias", afirma.
Durante o dia, Contesini diz que os movimentos involuntários caíram em número e em intensidade. "Ainda não estou curado, mas minha vida está bem melhor", afirma o aposentado.
A artista plástica Marieta Rosthal Wajner, 71, também portadora da síndrome, começou há três semanas uma série de exercícios indicados pela médica que a acompanha no Hospital Israelita Albert Einstein.
Ela diz que procurou ajuda médica ao perceber uma "impressionante queda de energia" durante o dia. Ela teve a síndrome diagnosticada após fazer uma polissonografia. Durante o exame, foi detectado um número elevado de movimentos das pernas.
Apesar de a médica ter indicado calmantes, associados aos exercícios, ela diz preferir esperar os resultados da atividade física.
Para uma nova fase da pesquisa sobre o impacto dos exercícios na SPI, o Instituto do Sono da Unifesp está recrutando interessados que não possuam contra-indicações para a prática de exercícios aeróbicos. As atividades ocorrem três vezes por semana e duram 90 minutos. Há 50 vagas. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/11/5572.0177.


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