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Grande SP tem pior situação
da Reportagem Local
A Grande São Paulo foi a região mais atingida pelo desmatamento no Estado, de acordo
com o último levantamento do
Inpe (1990-95).
O estudo, baseado em fotos
de satélite, fez "recortes" em
toda a costa brasileira. Na área
que compreende a maioria dos
36 municípios da Grande São
Paulo, foram devastados 12,9
mil hectares de mata atlântica.
O valor é quase três vezes
maior que o registrado no levantamento de 1985-90.
Outra área do Estado que
também sofreu com os cortes
de vegetação foi o litoral sul,
no município de Iguape e entornos. Nessa área, foram desmatados 11 mil hectares.
Já em Santos, por exemplo,
houve redução da área desmatada. Entre 1985 e 1990, o desmatamento atingiu 10 mil hectares, valor que caiu para 4.800
hectares no último levantamento.
No geral, a situação do Estado de São Paulo é "muito
preocupante", segundo João
Paulo Capobianco, secretário
executivo do ISA.
"São Paulo é a região que
reúne a maioria das entidades
ambientalistas do país, que deveriam se mobilizar para impedir a devastação. Mas não foi
isso que aconteceu", explica
Capobianco.
O Estado perdeu, no período
1990-95, 70.883 hectares de
mata. Foi uma redução de
3,8% em apenas cinco anos.
Hoje, São Paulo tem 7,64% da
mata atlântica que havia na
época da colonização.
Boa notícia
Os Estados de Santa Catarina
e Paraná, que registraram os
maiores índices de devastação
no levantamento 1985-90, obtiveram reduções consideráveis no estudo posterior.
O Paraná, campeão de desmatamento com uma redução
de 8,7% entre 1985 e 1990, derrubou o índice pela metade nos
cinco anos posteriores.
Já Santa Catarina abaixou o
ritmo de corte de mata de 6,1%
para 3,64%, no mesmo período analisado. No entanto, os
ambientalistas ainda não conseguiram avaliar a qualidade
da mata que foi reposta.
"Isso mostra que é possível
regenerar áreas devastadas.
Basta vontade política e empenho do governo em fiscalizar", diz Capobianco.
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