São Paulo, sábado, 23 de maio de 1998

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EDUCAÇÃO
Funcionários das universidades federais podem voltar ao trabalho no dia 30; professores continuam parados
Servidores devem encerrar a greve

da Sucursal de Brasília

Os servidores e técnicos administrativos das universidades federais podem encerrar a greve na próxima semana.
Representantes da Fasubra (entidade que reúne os sindicatos dos funcionários) apresentaram ontem ao MEC (Ministério da Educação) um indicativo de suspensão de greve para o próximo sábado, dia 30.
O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, determinou, na noite da última quinta-feira, que todos os servidores das universidades federais que têm hospitais universitários recebam o pagamento na próxima semana.
Na segunda-feira, dia 25, os recursos já estarão disponíveis para as universidades.
Das 39 universidades, 32 têm hospital. Dessas, 7 já tinham informado ao MEC a existência ou não de greve. Com essa decisão, 85 mil dos 92 mil servidores e técnicos administrativos vão receber o pagamento.
Isso significa que o MEC vai desembolsar R$ 80 milhões dos R$ 96 milhões gastos mensalmente com a folha de pagamento.
Pagamento
Segundo informações da assessoria de imprensa do MEC, a agilidade para o pagamento do salário vai depender de cada universidade. A data mais provável de pagamento é o dia 27.
Os inativos e pensionistas vão receber o pagamento. Os docentes das 13 universidades que responderam à solicitação do ministério também terão seus salários pagos. Eles correspondem a 2% do total de professores nas universidades, que chegam a 45 mil docentes em atividade.
Serão liberados R$ 1,28 milhão do total da folha mensal de pagamento que é R$ 96 milhões.
Professores
Os docentes mantêm a decisão de continuar em greve. Eles não aceitam a proposta do ministro de negociar somente após a suspensão do movimento.
A coordenadora-geral da Fasubra, Leia de Souza Oliveira, disse que "a concretização dessa decisão está condicionada ao avanço na negociação da pauta mínima".
Valente informou que já está acertado a destinação de recursos para o financiamento do Plano Nacional de Capacitação dos Técnicos Administrativos. Deverão ser aplicados R$ 14 milhões por ano, o que corresponde a 1% da folha de pagamento da categoria.



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