São Paulo, sábado, 23 de maio de 1998

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Vítima teria dito que tinha Aids

da Reportagem Local

Roberto Custódio Junior disse que matou a prostituta por ter perdido o controle após Sheila dizer que lhe havia transmitido o vírus HIV (causador da AIDS).
O crime ocorreu um dia antes da cerimônia de formatura de Custódio Junior na Academia da Polícia Civil, onde ele se tornou auxiliar de papiloscopista (perito que trabalha com impressões digitais).
Assistido por sua advogada, o preso disse, ao depor, que aquele era o dia mais feliz de sua vida. Antes de apanhar Sheila na avenida Robert Kennedy, o estudante afirmou que havia ido beber com um amigo em um bar.
Ele disse que já conhecia Sheila, com quem já havia saído quatro vezes, a primeira delas no Carnaval. Após o primeiro encontro, ele teria mantido relações sexuais com a vítima sem usar camisinha, pois se sentia seguro com Sheila.
Segundo ele, naquela noite, ela propôs sexo oral, e os dois acertaram o programa em R$ 10. Mas, após entrar no carro, ela quis aumentar o preço para R$ 20. Como ele não tinha esse dinheiro, a prostituta teria reagido e dito: "Não tem dinheiro, então por que você me tirou do serviço?"
Depois teria completado: "Guarda o seu dinheiro que você vai gastar com a doença que eu passei para você. Eu estou com Aids". Ao ouvir isso, o estudante disse que não se conteve, que perdeu todo o autocontrole, passou a agredi-la com as mãos, retirou-a do carro e que ficou desesperado ao ver sangue em suas mãos. (MG)


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